Como as recomendações de Maquiavel se contrapõe a visão Cristã medieval?
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ética em Maquiavel se contrapõe a ética cristã herdada por ele da Idade Média. Para a ética cristã, as atitudes dos governantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. Com Maquiavel a finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não o próprio, de forma que uma atitude não pode ser chamada de boa ou má a não ser sob uma perspectiva histórica. A teoria de Maquiavel torna-se interessante por não ter vínculos éticos, morais e religiosos, ele mesmo apóia hora o bem, hora o mal e diz que a conduta do príncipe deve ser de acordo com a situação.
Reside aí um ponto de crítica ao pensamento maquiavélico, pois com essa justificativa, o Estado pode praticar todo tipo de violência, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la mau.
A visão de Maquiavel era contrária a ética cristã, pensando nos princípios da igreja como coisas que atrapalhavam o sucesso do governante.
Maquiavel expôs, na sua obra principal, "O Príncipe", aquela que acreditava ser a atitude ideal de um governante. A ideia dele era que o governante precisava fazer o que lhe desse mais poder, mesmo que fosse necessário mentir, enganar e matar, a fim de obter poder.
A filosofia de Maquiavel é sintetizada por uma frase que ficou famosa, embora ele nunca tenha escrito com essas palavras: "os fins justificam os meios". Ou seja, se o governante quer fazer o bem, não importa o que ele faz para chegar lá.
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