Como as empresas de alimentação abordam a venda de produtos nas campanhas publicitárias? estas campanhas favorecem ou não o consumo desses produtos
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Resposta:
O número de crianças com sobrepeso ou obesidade tem aumentado de maneira significativa. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade infantil é um dos maiores problemas de saúde para atualmente e para o futuro. E o alerta é que essas crianças obesas se tornarão adultos obesos, que vão desenvolver diabetes, doença cardíaca, câncer e outros problemas de saúde.
As crianças têm sido expostas cada vez mais cedo a uma alimentação desbalanceada, seja pelo aumento da jornada de trabalho dos pais, ou pela falta de opções saudáveis nas escolas ou ainda pelo bombardeio de propagandas de produtos alimentícios que influenciam negativamente suas escolhas alimentares.
As campanhas de marketing não apenas influenciam as escolhas alimentares na infância, mas também buscam fidelizar consumidores desde a mais tenra idade. O objeto preferencial são os alimentos ultraprocessados, feitos a partir de ingredientes industriais, com pouco ou nenhum produto fresco, e, geralmente, com alta quantidade de açúcar, gordura e/ou sódio.
Estudos revelam que o desempenho publicitário alcança grande proporção, sendo que 50% das publicidades dirigidas às crianças são de alimentos e, destes, mais de 80% são de produtos não saudáveis, ricos em açúcares e gorduras maléficas ao organismo.
Em 2010, a OMS recomendou a redução da exposição das crianças à propaganda de alimentos, sobretudo aqueles com alta quantidade de açúcar, sal e gordura. Em 2012, a Organização Pan-Americana da Saúde aprofundou-se no tema e também apresentou recomendações de ações concretas por parte dos governos para reduzir a exposição das crianças à publicidade de alimentos. Para especialistas, a autorregulamentação do setor não tem funcionado, pois os órgãos de fiscalização ainda não possuem força suficiente para colocá-la em prática, também por conta da grande pressão das associações da indústria e de publicidade.
Um exemplo dessa abusividade são as publicidades de refrigerantes as quais estão veiculadas em todos os meios de comunicação de massa, sem qualquer limitação e que fazem associação de seu produto a uma vida feliz e saudável. Como sabemos, os refrigerantes são produtos desprovidos de substâncias de valor nutricional, altamente calóricos e abarrotados de açúcares, com personagens felizes e ambiente bonito, grande apelo perante o público infantil. Seu consumo em excesso causa obesidade e consequentemente danos à saúde.
Lembra-se ainda a venda casada que as empresas de fast food usam como meio publicitário para atrair as crianças. Seus produtos correspondem a um valor nutritivo muito baixo, dando espaço para produtos industrializados e seus personagens tornam-se queridos do universo infantil. Outro fator necessário abordar diz respeito às ofertas de prêmios unidos aos alimentos. Embalagens muito bem elaboradas, semelhantes a embalagens de presente, super-heróis e cinderelas, fazem com que as crianças não se alimentem porque têm fome, mas sim para atender o seu desejo de recompensa pela embalagem ou pelo brinquedo nela contido.
Explicação:
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