Como acontecia o tráfico negreiro, o trabalho escravo no Brasil e a forma dos quilombos
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Com a expansão marítima europeia, no século XV, e a conquista do Novo Mundo, os europeus necessitaram de mão de obra para os seus empreendimentos nas novas terras conquistadas (América). Primeiramente, escravizaram os indígenas, os nativos da América, porém essa escravidão foi proibida pela Igreja Católica.
Dessa forma, os portugueses, proibidos de escravizar os povos indígenas, tiveram que retornar ao continente africano e negociar a compra de escravos. A escravização de pessoas era uma prática antiga na África, no entanto, com os europeus empreendendo a compra de escravos naquele continente, o número de escravos aumentou.
Assim, no século XV, o tráfico negreiro, ou tráfico de escravos, assumiu enormes proporções. Os Estados europeus instalaram feitorias e portos de abastecimento de escravos no litoral africano. Nessas feitorias foram embarcados os escravos que vieram para as colônias europeias na América nos navios chamados tumbeiros.
Uma vez embarcados nos navios negreiros (tumbeiros), os escravos, oriundos de diferentes regiões e etnias africanas, eram tratados com extrema violência e recebiam pouca alimentação. Geralmente, eram maltratados e castigados sem nenhum motivo aparente e eram amontoados dentro dos navios tumbeiros em ambientes insalubres, propícios à proliferação de doenças.
A travessia pelo oceano Atlântico constituía o início do sofrimento dos africanos escravizados que se destinavam à América. A viagem da África para o Brasil durava de 30 a 45 dias, conforme o lugar de partida e o de chegada. Com a chegada ao Novo Mundo, os navios negreiros eram conduzidos a diferentes portos e localidades na América, mas quase sempre os escravos tinham um destino em comum: os mercados, onde eram comercializados como mercadorias, rendendo altos lucros para os traficantes de escravos.