como a uniao dos Brics pode atenuar as consequencias economicas das praticas protencionistas dos Eua
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Explicação:
Desde sua primeira Cúpula, em 2009, o BRICS tem expandido significativamente suas atividades no âmbito da coordenação política, da cooperação econômico-financeira e da cooperação multissetorial.
Com relação à coordenação política, o BRICS atua na esfera da governança econômico-financeira e também na de governança política. Na primeira, a agenda do agrupamento confere prioridade à coordenação no âmbito do G-20, incluindo a reforma do FMI. Na governança política, o BRICS defende a reforma das Nações Unidas e de seu Conselho de Segurança, de forma a melhorar a sua representatividade, em prol da democratização da governança internacional. Em paralelo, os BRICS aprofundam seu diálogo sobre as principais questões da agenda internacional.Cabe mencionar que a coordenação política entre os países se faz e continuará a ser feita sem elementos de confrontação com demais países. O BRICS está aberto à cooperação e ao engajamento construtivo com terceiros países, assim como com organizações internacionais e regionais, no tratamento de temas da atualidade internacional.
A cooperação econômico-financeira foi aquela que apresentou os primeiros resultados tangíveis, tendo sido assinados dois instrumentos de especial relevo na VI Cúpula do BRICS (Fortaleza, julho de 2014): os acordos constitutivos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – voltado para o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em economias emergentes e países em desenvolvimento –, e do Arranjo Contingente de Reservas (ACR) – destinado a prover apoio mútuo aos membros do BRICS em cenários de flutuações em seus balanços de pagamentos. O capital inicial subscrito do NBD foi de US$ 50 bilhões e seu capital autorizado, US$ 100 bilhões. Os recursos alocados para o ACR, por sua vez, totalizarão US$ 100 bilhões. No que tange à cooperação multissetorial, as atividades intra-BRICS já abrangem mais de 30 áreas, como saúde, ciência, tecnologia & inovação, energia, agricultura, cultura, espaço exterior, think tanks, previdência social, propriedade intelectual, turismo, entre outras.
As áreas de saúde, ciência, tecnologia & inovação (C,T&I) e energia são consideradas prioritárias pelo Brasil para o adensamento da cooperação multissetorial. A coordenação nessas áreas pode produzir resultados tangíveis: para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira; para a inovação do parque industrial e tecnológico nacional e para a diversificação da matriz energética do Brasil.Em saúde, pode-se produzir resultados concretos para: a melhoria da qualidade de vida da população brasileira; para a inovação da indústria farmacêutica nacional e para o aumento do acesso a medicamentos de primeira linha. A importância da cooperação em C,T&I deve-se à necessidade de redução do hiato científico e tecnológico entre o Brasil e países desenvolvidos e conta com iniciativas relevantes tanto em termos de potencial de intercâmbio de conhecimento quanto de recursos disponibilizados para projetos de pesquisa. A temática energética no âmbito do BRICS, embora recente, tem potencial para tornar-se das mais densas, uma vez que interessa a todos os membros do agrupamento aperfeiçoar a sustentabilidade de sua matriz energética.
Histórico do BRICS
A coordenação entre Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) iniciou-se de maneira informal em 2006, com reunião de trabalho entre os chanceleres dos quatro países à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2007, o Brasil assumiu a organização do encontro e, nessa ocasião, verificou-se que o interesse em aprofundar o diálogo merecia a organização de reunião específica de Chanceleres.
A primeira reunião formal de Chanceleres do BRIC foi realizada em 18 de maio de 2008, em Ecaterimburgo, na Rússia. Desde então, o acrônimo, criado alguns anos antes pelo mercado financeiro, não mais se limitou a identificar quatro economias emergentes, passando o BRICs a constituir uma nova entidade político-diplomática.
Desde 2009, os Chefes de Estado e de Governo dos BRICs se encontram anualmente. Em 2011, na Cúpula de Sanya, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento. Nos últimos 10 anos, ocorreram nove reuniões de Cúpula, com a presença de todos os líderes do mecanismo:
I Cúpula: Ecaterimburgo, Rússia, junho de 2009;
II Cúpula: Brasília, Brasil, abril de 2010;
III Cúpula: Sanya, China, abril de 2011;
IV Cúpula: Nova Délhi, Índia, março de 2012;
V Cúpula: Durban, África do Sul, março de 2013;
VI Cúpula: Fortaleza, Brasil, julho de 2014;
VII Cúpula: Ufá, Rússia, julho de 2015;
VIII Cúpula: Benaulim (Goa), Índia, outubro de 2016;
IX Cúpula: Xiamen, China, agosto de 2017; e
X Cúpula: Joanesburgo, África do Sul, julho de 2018.