Como a tecnologia é utilizada para impedir a liberdade da classe trabalhadora?
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Resposta:
O presente artigo tem como proposta a análise do avanço tecnológico enquanto fator para a formação de novos paradgimas laborais ao longo da história e nos dias atuais, no mundo e no Brasil. Buscaremos expor como a tecnologia favorece a flexibilização e a precarização das relações de trabalho, fruto de um suposto cenário de crise do Estado Social e o resurgimento do Estado Liberal, favorecendo fenômenos como a uberização das relações de trabalho e a algoritimização do labor humano, sobretudo a partir do surgimento das denominadas plataformas de compartilhamento. Para tanto, foi utilizado o método dedutivo, a partir de ampla pesquisa bibliográfica, bem como a utilização das normas do Direito do Trabalho, especialmente relacionadas à Constituição Federal e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e leis trabalhistas correlatas, abordando desde a parte histórica até as mais recentes jurisprudências acerca do tema.
É fato inconteste que as relações de trabalho, de um modo geral, se encontram totalmente afetadas pelo desenvolvimento tecnológico, havendo uma crescente informatização e modernização de procedimentos relacionados ao trabalho ao longo da história.
A internet e o rápido avanço dos meios de comunicação são reais nos dias atuais, afetando sobremaneira as relações de trabalho, especialmente a partir da idealização, desenvolvimento e expansão do uso das tecnologias de compartilhamento como meio de subsistência para um exército de trabalhadores afetados pelo desemprego estrutural, alavancando o fenômeno conhecimento como uberização.
Dessa forma, o presente trabalho pretende demonstrar a alteração que as inovações tecnológicas provocam nas relações trabalhistas.
O artigo encontra-se estruturado em três tópicos: desde uma breve explanação histórica da relação tecnologia versus trabalho a partir da Revolução Industrial e a sua relação com o surgimento do Direito do Trabalho. No tópico seguinte destacamos como o uso da tecnologia enquanto ferramenta de trabalho contribuiu para o surgimento de fenômenos como a uberização e algoritmização, as quais são consequências diretas da precarização da mão de obra e da flexibilização das leis trabalhistas.
Por fim, em conclusão, o trabalho traz a análise do caso da Uber no Brasil, apresentando jurisprudências antagônicas sobre o mesmo tema, oriundas da Justiça do Trabalho, e coo poderia ser atingido o objetivo principal deste ramo especializado do Direito – a proteção social – em relação à nova classe de trabalhadores.
ESPERO TER AJUDADO, BONS ESTUDOS.