Como a produção ancestral contribui com a arte na contemporâneidade?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O pensar sobre a arte nas sociedades indígenas pode ser situado no cenário da arte contemporânea, quando se toma particularmente alguns de seus aspectos, como o movimento de ruptura dos sistemas de hábitos que a arte conceitual e a arte da performance instauraram, as tentativas de reflexão sobre questões sociais que as artes contemporâneas realizam e as funções que assumiram nas definições de identidade, transculturalmente e interculturalmente. Vemos, nos dias de hoje, artistas fazendo incursões no meio social, seja mapeando sua realidade, seja produzindo a partir de sua relação com ela. Vimos, enfim, no século XX, a arte tomar a cultura toda como referência, quando antes e a partir da Renascença existia como campo separado da mesma.
Aqui, serão realizadas algumas aproximações entre linguagens e conceitos da produção da arte contemporânea e das artes indígenas, na atualidade, a partir de alguns exemplos, com ênfase nos rituais dos Asuriní do Xingu, povo tupi-guarani, Terra Indígena Koatinemo, estado do Pará. Contatados em 1971, são atualmente 130 indivíduos.
Antes de mais nada, dá-se já como superada a questão da definição de arte e critérios para se definir objetos e demais manifestações expressivas como arte no âmbito das culturas indígenas. Entendemos, para resumir e simplificar um problema complexo, que a busca estética regulada por padrões e estilos e a natureza provocadora de processos de conhecimento e reflexividade, presentes nessas manifestações, permitem aproximá-la da produção artística contemporânea ocidental.