Como a população reagiu a corrupção e violência do Brasil na época das oligarquias?
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A República Velha possuía algumas questões sociais que inibiam o desenvolvimento do país, como: as oligarquias, a educação, a saúde, e o trabalho. As Oligarquias são grupos estaduais que queriam o predomínio na direção dos negócios públicos. A economia brasileira era baseada na exportação do café, e as oligarquias rurais mono-exportadoras reivindicavam autonomia política e mais incentivo para a classe. As terras eram imensos latifúndios controlados por poderosos fazendeiros que detinham todas as instâncias da autoridade local.
O sistema patriarcal era o dominante, havendo absoluta obediência ao chefe local, materializado na política pela figura do coronel. O coronelismo é um fenômeno político-eleitoral que ocorre na instância municipal ou micro-regional. O poder político das oligarquias agrárias se sustentava no controle do voto da população rural e nas máquinas eleitorais (coronéis).
No início da Primeira República, os ideais estabelecidos para o novo regime e a autonomia constitucional adquirida pelas unidades federadas não aconteceram de fato. A República do ponto de vista cultural e pedagógico, não vingou: foi uma revolução que abortou e que, contentando-se com a mudança do regime não teve o pensamento ou a decisão de realizar uma renovação intelectual das elites culturais e políticas, necessárias às novas instituições democráticas.
A educação nesse período coube ao grupo de elites ilustradas, formadas na tradição iluminista, reproduzindo o modelo europeu, naturalmente observadas as devidas condições, inclusive intelectuais das unidades federadas. Porém, a Igreja Católica que era poderosíssima e exercia sem freios o controle da vida moral e cultural do país, ainda tinha influências no sistema educacional brasileiro.
A saúde era outro problema social principalmente nos grandes centros urbanos. O movimento sanitarista tornou-se um importante marco no “processo civilizador” de construção do Estado Nacional Brasileiro, e na mudança da relação entre Estado e Sociedade. A população não via com bons olhos a iniciativa dos sanitaristas que queriam acabar com as epidemias que assolavam as periferias das grandes cidades, assim surgindo várias revoltas como a da Vacina. O movimento médico-sanitarista criou uma explicação alternativa para a condição social do país, que tinha nítido contraste com aquela até então corrente entre as elites nacionais, que o “mal do atraso nacional” era o “mal da raça e da miscigenação”. Deste modo, o movimento sanitarista antecipou em larga medida as idéias e percepções de reformas políticas, institucionais e sociais que, no pós-II Guerra Mundial, seriam difundidas sob o signo de “Estado de Bem-Estar Social”.
O trabalho foi outra questão social delicada na República Velha, foi durante este período que, começaram a se desenvolver as classes médias urbanas, assim como a classe operária, que cresceu à medida que a industrialização se expandiu. As condições de trabalho eram bastante precárias, pois não havia leis que regulamentassem a relação patrão - empregado. As jornadas de trabalho eram muito longas, não havia férias, nem aposentadoria ou descanso semanal remunerado, não havia proteção para o trabalho de mulheres e crianças, e muitas fábricas tinham o ambiente insalubre.