Geografia, perguntado por loholiveira130, 9 meses atrás

como a pandemia do covid 19 podera aumentar o deslocamento dos imigrantes?

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Respondido por desconhesido123buu
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Resposta:

A proposta deste breve artigo é trazer esse debate para a análise da mais recente crise sanitária internacional provocada pelo novo coronavírus, considerada pela Organização Mundial da Saúde como «a maior da nossa época» . Muito se tem falado a respeito dos impactos socioeconômicos desencadeados pelo método mais recomendado para combatê-la – o isolamento social –, assim como as desigualdades que distinguem grupos privilegiados capazes de cumpri-lo daqueles desassistidos, que morrerão se permanecerem em casa . Dentro deste último grupo, pretende-se chamar atenção para a situação de refugiados e migrantes mundo afora e no Brasil, diante desse novo cenário de emergência sanitária global. Num contexto marcado pela intensa mobilidade humana transnacional, o novo vírus vem sendo considerado como de altíssimo contágio.

Do outro lado do condomínio, face a um vírus que se alastra muito facilmente, não é difícil imaginar como se encontrarão pessoas que vivem em condições precárias de enorme aglomeração, entre as quais podemos citar comunidades em favelas e nos campos de refugiados concentrados sobretudo no sul global. Sendo os idosos o grupo de maior risco ao coronavírus, há o fator adicional de como proteger pessoas dessa faixa etária em espaços caracterizados pela superlotação . Na ausência desse planejamento para prevenção e controle das infecções pelo covid-19, a organização defende a evacuação dos campos como medida emergencial . Já no Brasil, em que populações refugiadas provenientes da Venezuela se aglomeram em moradias improvisadas especialmente em cidades da região Norte de nosso país, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados afirma estar distribuindo kits de higiene às pessoas mais vulneráveis, dentre as medidas preventivas adotadas .

Em paralelo à atuação da agência da ONU para refugiados, citada acima, outras ações relevantes foram encabeçadas por organizações não-governamentais no Brasil. Diante da possível quebra de pequenos negócios geridos por migrantes, como oficinas de costura, a ONG Alinha iniciou uma campanha para arrecadar fundos com vistas a ajudar as famílias impactadas. Por sua vez, o Abraço Cultural passou a oferecer cursos de idiomas ministrados por migrantes e refugiados em formato online. Contudo, é preciso pensar em uma rede mais ampla de proteção a refugiados e migrantes em meio à pandemia que estamos enfrentando.

Merece destaque, nesse sentido, a recente decisão do governo português, após pressão de entidades da sociedade civil, de regularizar migrantes e solicitantes de refúgio naquele país europeu. Na contramão de diversos países do norte global, que vêm seguindo a lógica da securitização das migrações, tal postura é emblemática de resgate do humanitarismo – de reconhecimento do outro como um igual – na Europa. Apesar de ser um vírus que acomete a todas e todos sem distinção, é sabido que, num mundo marcado por privilégios e permeado por gritantes desigualdades, serão os mais pobres, os marginalizados – que são postos à margem da sociedade –, os mais vulneráveis – migrantes, refugiados, mulheres, indígenas, negros, idosos – a serem afetados.

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