Como a OMS age em casos de epidemias e pandemias de qualquer surto, não necessariamente do novo coronavírus
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Pandemia não é uma palavra para ser usada à toa ou sem cuidado. É uma palavra que, se usada incorretamente, pode causar um medo irracional ou uma noção injustificada de que a luta terminou, o que leva a sofrimento e mortes desnecessários", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
"A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo nem o que os países devem fazer ", afirmou Ghebreyesus.
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Desde 31 de dezembro, quando a China informou a OMS que um vírus até então desconhecido estava se espalhando pelo país, ele já chegou a 114 países. Segundo o último boletim da organização, foram registrados mais de 118 mil casos e 4.291 mortes.
A escalada do surto originado na cidade chinesa de Wuhan e a velocidade com que o Sars-cov-2, como é chamado oficialmente o novo coronavírus, se espalhou pelo mundo impressionam, mas isso não é exatamente surpreendente em um mundo globalizado.
Outro aspecto torna mais preocupante esta evolução. Inicialmente concentrado na China, o vírus já passou a se reproduzir localmente em dezenas de países.
Segundo o diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, a "declaração de uma pandemia não é como a de uma emergência internacional". "É uma caracterização ou descrição de uma situação, não é uma mudança na situação", disse Ryan.
O que é uma pandemia?
A humanidade enfrenta pandemias desde ao menos 1580, quando um vírus do tipo influenza, que causa gripes, surgiu na Ásia e se espalhou para a África, Europa e América do Norte.
O termo é usado para descrever uma situação em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas ao redor do mundo simultaneamente.
Uma das pandemias mais graves já enfrentadas ocorreu entre 1918 e 1920. Estima-se que 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia da gripe espanhola, mais do que os 17 milhões de vítimas, entre civis e militares, da 1ª Guerra Mundial.
O exemplo mais recente foi a disseminação global do vírus influenza H1N1, que causou a pandemia da gripe suína, em 2009. Especialistas acreditam que ele tenha infectado milhões de pessoas e matado centenas de milhares.
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