Como a internet reduz ou aprofunda a desigualdade social?
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Dados divulgados pelo Banco Mundial mostram que a ideia de que a internet está democratizando o acesso à informação pode estar errada. De acordo com o órgão, a rede pode, na verdade, estar aumentando a desigualdade no mundo.
Um documento divulgado na última quarta-feira, 13, afirma que as mudanças tecnológicas trazidas pela internet não melhoraram o acesso a serviços públicos ou o aumento das oportunidades econômicas, como era previsto. "As tecnologias digitais estão se espalhando rapidamente, mas os dividendos do crescimento digitais, empregos e serviços têm ficado para trás", afirma o banco.
O relatório mostra que as pessoas que possuem alto grau de educação e situação financeira conseguem aproveitar mais a internet do que pessoas que não possuem as mesmas condições. Em alguns países, as mulheres são desencorajadas a usar a rede e 20% da população ainda é analfabeta, o que torna a tecnologia quase completamente inútil para eles. No total, 60% da população mundial ainda permanece offline.
Sem mudanças
Em lugares onde o acesso à rede é fácil e a tecnologia está em expansão, os índices não apresentaram mudanças nos últimos anos: em países desenvolvidos, a tecnologia emprega apenas 3% a 5% da população. Em países em desenvolvimento, o valor cai para 1%.
A pesquisa revela ainda que ampliar o acesso à internet não séra capaz de reverter a situação. Para o Banco Mundial, é preciso investir em programas que ajudem os cidadãos a desenvolverem novas habilidades de tecnologia, garantir a forte concorrência entre as empresas e modernizar as próprias instituições do governo.