Como a igreja Católica vivia no século XV? (modo de vida, comportamento)
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Resposta: O cristianismo estabeleceu-se como instituição nos séculos finais do Império Romano. Enquanto o Império Romano desmanchava-se em crises internas, a Igreja Católica fortaleceu-se e firmou suas bases. A perseguição aos cristãos encerrou-se a partir de 313 com o Édito de Milão, assinado pelo imperador Constantino. A partir de 380, com a assinatura do Édito de Tessalônica pelo imperador Teodósio, o Cristianismo transformou-se na religião oficial do Império.
O estabelecimento da Igreja e a formação da doutrina eclesiástica ocorreram mediante os conflitos causados pelas heresias, isto é, todas as doutrinas religiosas que não estavam de acordo com a ortodoxia vigente. Essas heresias colocavam a existência da Igreja em risco e foram duramente combatidas. Como exemplos, podemos citar o gnosticismo, pelagianismo, priscilianismo e o arianismo, uma das heresias que mais possuiu adeptos.
O arianismo surgiu por meio da doutrina de Ário (viveu no século IV) e negava o conceito da Trindade. Para Ário, o Pai e Cristo não partilhavam da mesma substância, assim, Cristo não era Deus. Ele considerava Cristo uma criação do Pai e, apesar de divino, era inferior ao Pai. O arianismo conquistou inúmeros adeptos pelo mundo cristão, chegando a ser defendido por imperadores, como foi o caso de Constâncio II.
O problema do arianismo foi tão grande que foi difundido sobre os povos germânicos a partir de Úlfilas, que converteu os godos, espalhando-se para ostrogodos, visigodos, vândalos etc. A Igreja Católica firmou-se entre os povos germânicos a partir da conversão de Clóvis, rei dos francos no século VI.
Esse primeiro momento de estabelecimento da Igreja deveu-se muito a algumas personalidades, como Santo Agostinho, Santo Atanásio, São Jerônimo, Gregório Magno etc. Todos contribuíram para a construção da doutrina eclesiástica e o fortalecimento da Igreja a partir do combate às heresias. Espero ter ajudado