como a igraja catolica atuo no colonialismo XIX
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No século XIX, ocorreu significativa expansão dos Estados capitalistas europeus, particularmente da Inglaterra e da França. Os governos, aliados às grandes empresas do país , partiram para a conquista de colônias, disputando território e poder. Os alvos principais foram a África e a Ásia.
Em primeiro lugar essas nações européias queriam novos mercados consumidores para os seus produtos industrializados e áreas para investimentos. Também precisavam de matéria-prima industrial (ferro, carvão, manganês etc.) e mão-de-obra suficiente e barata. Ambas poderiam ser encontradas nas colônias. Além disso, o aumento populacional levou os governos a incentivarem a emigração.
As nações imperialistas do século XIX procuraram justificar o novo colonialismo desenvolvendo teorias religiosas e pretensamente técnico-científicas, mas de fundo racista. O imperialismo disseminou a ideologia da superioridade racial do branco, do europeu em relação ao africano.
A Igreja Católica colaborou bastante para a dominação européia na África e na Ásia, afirmando que as conquistas tinham a missão de salvar as almas dos infiéis para o cristianismo.
A PARTILHA DA ÁFRICA
A África era um continente pouco povoado, com riquezas ainda inexploradas. A ocupação iniciou-se pelo litoral e, a parti daí, penetrou para o interior. Ocorreram inúmeras disputas entre os países industrializados. A Inglaterra e a França formaram os principais impérios coloniais na África.
A GUERRA DOS BÔERES (1899 – 1902)
Os bôeres eram descendentes de holandeses, que dominavam a região aurífera de transvaal e Orange, na África. A Inglaterra, com a finalidade e explorar o ouro do sul da África, invadiu a região e impôs, após três anos de guerra, a sua dominação sobre os bôeres.
Com a corrida do ouro na África do Sul, grandes companhias mineradoras ali se instalaram. Ocorreram novos conflitos estimulados pela Inglaterra. A British South África Company, fundada por Cecil Rhodes, em 1899, teve papel fundamental nas rebeliões. A guerra começou no final de 1899 e durou três anos. Em 1903, foi estabelecida a paz e, no ano de 1903, surgiu a República Sul-Africana.
A PARTILHA DA ÁSIA
Também a Ásia foi afetada pelo novo colonialismo europeu. Nesse continente, a nação que mais se destacou na formação de um império colonial foi a Inglaterra, que dominou a Índia, a Birmânia, o Ceilão, o Tibet, o Paquistão, a Austrália e a Nova Zelândia.
GUERRA DO ÓPIO
No começo do século XIX, os ingleses compravam chá chinês e vendiam
ópio , cultivado na Índia e na Birmânia. Todavia, o governo chinês, desde 1730, havia proibido a utilização e venda do ópio e empreendeu intensa repressão ao comércio desse produto, mandando, em 1839, destruir o carregamento inglês de 20 mil caixas ainda no porto de Cantão. Os ingleses reagiram e foi declarada guerra à China, a Guerra do Ópio (1840-1842), que só terminou quando os chineses viram-se obrigados a assinar o Tratado de Nanquim, em 1842. por esse tratado, os ingleses conseguiram a abertura de alguns portos chineses aos produtos ingleses, entre eles Xangai e Nanquim. Além disso, a ilha de Hong Kong passou a ser colônia inglesa.
A GUERRA DOS BOXERS
Enquanto os estrangeiros dominavam o país, os nacionalistas chineses começaram a reagir. Em 1900, a sociedade dos boxes, associação secreta nacionalista, começou a provocar atentados contra os estrangeiros. As nações européias organizaram uma ação conjunta para reprimi-los. Desse confronto, em 1901, originou-se a Guerra do Boxers, na qual eles foram massacrados e a China teve de reconhecer as concessões já feitas, além de pagar indenização aos inimigos.
EFEITOS DO IMPERIALISMO
O avanço capitalista na África e na Ásia prejudicou a economia dos povos desses continentes. Para os colonizadores, as colônias deveriam suprir a metrópole de matérias-primas necessárias à industrialização. No Sudoeste asiático, por exemplo, foram criadas fazendas produtoras de borracha para exportação, em antigas zonas de cultivo de arroz.
A colônia devia absorver grande parte do capital excedente da metrópole. Para que os investimentos se tornassem lucrativos, era preciso criar uma infra-estrutura de exportação: estradas de ferro, pontes, portos. Portanto, a economia dos países colonizados devia ser reorientada em função das novas necessidades de exportação.
A corrida colonialista gerou um clima de tensão entre as potências capitalistas. Era um clima carregado de rivalidades, que por qualquer motivo poderiam gerar um confronto. No começo do século XX, a guerra entre as potências imperialistas e colonialistas era ine