Artes, perguntado por vanessaclaracosta43, 5 meses atrás

Como a ideia da perfeição influência na arte grega?

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Respondido por yinyim21
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Resposta:

Os deuses possuem as qualidades e os defeitos humanos. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal.

ARQUITETURA

Ainda que as suas cidades tivessem necessidade de muralhas, de casas e palácios, de praças, de ruas e aquedutos, ainda que todas essas necessidades tivessem sido satisfeitas a sua investigação apontou para um só tipo de edifício: o templo, a casa dos deuses.

A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.

ORDEM DÓRICA

A ordem dórica é austera e maciça. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência.

O fuste da coluna da ordem dórica é monolítico, composto de uma série de tambores de pedra sobrepostos, não é liso, possui em toda a sua longitude, com uma série de caneluras verticais, cujo número varia de dezesseis a vinte e quatro, conforme o templo e a época, mas que tende a fixar-se em vinte na época clássica, por volta do século V a.C. Outra característica é a sutileza com que trata a proporção do fuste, o qual arranca do estilóbata  com um certo diâmetro, que vai aumentando até atingir a máxima espessura a um terço médio da sua altura, para se estreitar logo, à medida que ascende até o capitel. A coluna adquire assim perfil bojudo, quase parece que se acachapa elasticamente sob o peso do teto. Esse efeito era chamado pelos gregos de êntasis, engrossamento. A coluna termina com o capitel que se parece com uma almofada de pedra. Ele compreende três partes: um colarinho, canelado, mas separado do fuste por um pequeno corte; um pequeno coxim de mármore chamado equino; e um dado achatado, o ábaco. Essa sucessão de diferentes elementos serve para evitar as transições bruscas.

ORDEM JÔNICA

A ordem jônica representa a graça e o feminino em contraste com a austeridade e a masculinidade da ordem dórica. A coluna apresenta fuste mais delgado e não se firma diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel torna-se muito mais complicado. As suas faces não são todas iguais, mas apenas de duas em duas. As paralelas à fachada do templo, e por isso destinadas a verem-se melhor, apresentam duas volutas ou espirais unidas por linhas curvas: exatamente como um rolo de papel que se tivesse estendido pelo meio, enquanto as extremidades se enrolavam.  As fachadas secundárias expõem a parte exterior do rolo, isto é, praticamente lisas. Na época helenística, apareceu a solução de colocar um par de volutas de cada lado do capitel, tornando-o simétrico. Mas na arte grega propriamente dita, não se encontra um capitel assim.

A arquitrave é composta por três faixas, cada uma um pouco mais saliente do que a inferior. O friso é contínuo à volta de todo o templo e costuma ser ornamentado com decoração escultórica. Na fachada, as colunas são mais esbeltas do que as dóricas, tem uma êntase muito menor, e estão colocadas a maior distância uma das outras.

Os gregos (ou helenos, como eles preferiam-se designar-se) eram, mais do que um povo homogêneo, uma série de tribos que tinham em comum a língua, os principais deuses e a noção de que descendiam de antepassados em comum.

Nessa civilização predomina o racionalismo, o amor pela beleza entendida como suprema harmonia das coisas, o interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”. Ali nasce a democracia, o governo do povo.

A mitologia cria um conceito religioso, pois os gregos não possuem um conceito científico das suas origens, então usam a sua criatividade. Os deuses possuem as qualidades e os defeitos humanos.

Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal. Tudo isso provoca consequências fundamentais na história da arte que determinam a sobrevivência de muitos conceitos e formas desde então até hoje.

Explicação:

bons estudos

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