Filosofia, perguntado por alanalvesp2003pe17ah, 10 meses atrás

como a filosofia pode fazer surgir novas possibilidades de comportamento e de relação social ?

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Respondido por paolagabi51
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Resposta:

A modernidade é (ou foi) um projeto de emancipação do ser humano: pelo livre pensamento, o homem estaria emancipado das imposições dogmáticas da Igreja e poderia escutar a própria consciência; pela democracia representativa, o homem estaria emancipado da tirania do Estado e poderia conviver com as diferenças e ter voz na política; pelo livre-comércio, o homem estaria emancipado da sociedade de ordens, de maneira que o liberalismo econômico nos livraria da fome e nos garantiria a possibilidade de ascensão social.

Sob esses pilares, iniciados no Renascimento (séculos XIV-XVI) e consolidados, na teoria, pelo Iluminismo, e, na prática, pelas revoluções Francesa e Inglesa, ergue-se a defesa da civilização ocidental. Para alguns, a civilização ocidental está ainda em construção. Para outros, ela tem pés de barro – seus pressupostos, quer dizer, a existência de indivíduos guiados pelo próprio interesse, foram derrubados pela moderna psicologia. Outra visão ainda aponta que ela estaria muito ligada a um tipo de economia (capitalista) e um tipo de sociedade (burguesa) fadados ao colapso devido às contradições insuperáveis dentro desse sistema.

É nesse sentido que devemos compreender a obra do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que desenvolve algumas explicações para a atual crise da modernidade. Segundo o autor, a modernidade anterior, que ele chama de “sólida”, era caracterizada por uma confiança vigorosa no futuro. Por isso, nela emergiram as utopias das mais diferentes matizes.

Atualmente, Bauman diz que as relações sociais e as instituições estão contaminadas por uma enorme “liquidez” – fluidez, ausência de forma definida, velocidade, mobilidade e inconsistência: daí o termo “modernidade líquida”. Essas características podem ser observadas no trabalho (flexibilização de leis, trocas rápidas de carreira), no amor (o “ficar”, as dificuldades em lidar com um relacionamento profundo) ou na guerra (o terrorismo e os ataques esporádicos).

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