Filosofia, perguntado por bielsiqueira08p6m9yd, 9 meses atrás

Como a filosofia demonstra sua forma de conhecimento?

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Respondido por alexia9399
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Introdução à Filosofia: 1. Origem e definição

Universidade Federal de Santa Catarina

Aristóteles

A cada dia que passa é maior a necessidade de que os indivíduos sejam sujeitos de si mesmos, sujeitos conscientes de sua história. Até mesmo o mercado já exige um perfil profissional que supõe uma mão de obra criativa e atuante, e não mais meros executores de tarefas.

A preocupação, para além do mercado, é com a formação de um indivíduo crítico e responsável socialmente pelos seus atos.

A possibilidade da formação deste indivíduo deve ser viabilizada para o adolescente e o jovem. Ela não se dá espontaneamente. Uma das formas de viabilizá-la é através do processo ensino-aprendizagem das ciências, da filosofia, das artes, e da experiência de vida de cada um.

Neste contexto, cabe à Filosofia garantir não só a visão de totalidade da história e do processo do conhecimento, sem negar a necessidade de especialização hoje imposta, mas também desenvolver no educando - junto com outras disciplinas - a sua capacidade de buscar, através da leitura, da observação, da percepção de transformações ocorridas a partir da sua própria interferência em situações sociais, o melhor caminho historicamente possível para a organização da vida em sociedade.

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Desta forma, um curso de Filosofia busca fornecer ao adolescente o instrumental básico à elaboração de uma reflexão sobre o mundo, e sobre si mesmo no mundo, de forma a possibilitar-lhe a conquista de uma autonomia crescente no seu pensar e agir.

Desta forma, ao aprender Filosofia, espera-se que a pessoa:

- aprenda conceitos, sabendo relacioná-los entre si e aplicá-los em sua realidade;

- reconheça-se como ser produtor de cultura e, portanto, da história;

- compreenda a produção do pensamento como enfrentamento dos desafios humanos;

- compreenda o papel da reflexão, em especial, o da filosófica;

- saiba construir "universos" históricos de diferentes tempos em seu pensamento, sem preconceitos;

- situe-se como cidadão no mundo em que vive, percebendo o seu caráter histórico e a sua dimensão de liberdade;

- compreenda o conhecimento como possibilidade de libertação social;

- compreenda o pensamento do seu mundo como síntese de diferentes culturas anteriores e concomitantes a ele;

- elabore criticamente seu próprio pensar a partir de notícias/análises de jornais/revistas e de suas vivências concretas.

A ORIGEM DO TERMO FILOSOFIA

Pitágoras

Uma definição precisa do termo "filosofia" é impraticável. Tentar formulá-la poderia, ao menos de início, gerar equívocos. Com alguma espirituosidade, alguém poderia defini-la como "tudo e nada, tudo ou nada...". Melhor dizendo, a filosofia difere das ciências especiais na medida em que procura oferecer uma imagem do pensamento humano - ou mesmo da realidade, até onde se admite que isso possa ser feito - como um todo. Contudo, na prática, o conteúdo de informação real que a filosofia acrescenta às ciências especiais tende a desvanecer-se até parecer não deixar vestígios.

Acredita-se que esse desvanecimento seja enganoso. Mas deve-se admitir que até aqui a filosofia não tem conseguido realizar suas grandes pretensões. Tampouco tem logrado êxito em produzir um corpo de conhecimentos consensual comparável ao elaborado pelas diversas ciências. Isso se deve em parte, embora não integralmente, ao fato de que, quando obtém-se conhecimento verdadeiro a respeito de determinada questão situa-se essa questão como pertencente à ciência e não à filosofia.

0 termo "filósofo" significava originariamente "amante da sabedoria", tendo surgido com a famosa réplica de Pitágoras aos que o chamavam de "sábio". Insistia Pitágoras em que sua sabedoria consistia unicamente em reconhecer sua ignorância, não devendo portanto ser chamado de "sábio", mas apenas de "amante da sabedoria".

Nessa acepção, "sabedoria" não se restringia a qualquer dos domínios particulares do pensamento e, de modo similar, "filosofia" era usualmente entendida como incluindo o que hoje denomina-se "ciência". Esse uso sobrevive ainda hoje em expressões como "filosofia natural".

Na medida em que uma grande produção de conhecimento especializado em um dado campo ia sendo conquistada, o estudo desse campo se desprendia da filosofia, passando a constituir uma disciplina independente. As últimas ciências que assim evoluíram foram a psicologia e a sociologia. Dessa forma, poder-se-is falar de uma tendência à contração da esfera da filosofia na própria medida em que o conhecimento se expande. Recusa-se a considerar filosóficas as questões cujas respostas podem ser dadas empiricamente.

Não deseja-se com isso sugerir que a filosofia poderá acabar sendo reduzida

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