Como a estrutura agrária contribui para o processo
migratório de camponeses, em vários sentidos e
direções, pelo interior do Brasil?
Soluções para a tarefa
a presença de pequenas propriedades foi por muito tempo ligada apenas à subsistência com sua institucionalização e incorporação produtiva mais dinâmica apenas a partir do séc XIX com a presença dos imigrantes europeus radicados na região Sul. O resultado é um processo fundiário desequilibrado, onde a concentração de terras é o principal problema, seja do ponto de vista social ou econômico. O resultado é que existe muita gente pra pouca terra e muita terra nas mãos de poucos proprietários. Os desequilíbrios decorrentes acabam favorecendo sucessivos movimentos migratórios em busca de oportunidades ou terras baratas. O Brasil é ainda uma das poucas nações que não concluiu seu processo de reforma agrária.
Uma estrutura fundiária não é homogênea no Brasil, sendo que, muitas vezes, não é local de origem dos camponeses, há grande quantidade de pequenas propriedades, ou que contribui para a impossibilidade de permanência dos novos membros das famílias, conseqüência da inviabilidade econômica. Além disso, a concentração de terras é comum nessas áreas, o que impõe a captura não apenas dos filhos, mas também dos pais. Assinalar-se também os poucos investimentos públicos para a produção agrícola camponesa, sem financiamento, sem condições de produção competitiva. Em relação às áreas de destino, como terrenos mais baratos, geralmente em regiões de expansão agrícola, usar aquisições de áreas maiores que constituam determinadas localidades de origem, ou que gera novas possibilidades de reprodução econômica e social para famílias migrantes . Também há migrações sazonais dos camponeses para áreas de demanda por trabalho temporário (boias-frias).