Como a concepção marxista vê o Estado?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O que é o Estado para Marx? Por que é um mito que ele defenda os interesses comuns de toda população? Qual a crítica de Marx em relação a “igualdade de direitos” tal como ocorre nas democracias capitalistas? O que significa dizer que o Estado é uma máquina de violência de classe? O que é e para que serve a polícia? Neste artigo, abordaremos estas perguntas como introdução e convite para todos a discutirem questões como estas no Acampamento de Secundaristas Anticapitalista.
O mito do “interesse geral”
Em qualquer escola na maior parte dos países do mundo é provável escutarmos que o Estado é aquele que representa o interessa geral, que existe para defender os interesses comuns de toda população. Mas a população não é um todo homogêneo e este é o ponto de partida da crítica de Marx ao Estado. A sociedade está divida em classes sociais.
O princípio mais sagrado do capitalismo é o caráter inviolável da propriedade privada. A televisão e todos os discursos dos defensores do status quo tentam passar a idéia de que este princípio seria um direito democrático de todos, o direito a ser proprietário. Porém, acontece que ainda que alguns possam ser proprietários de um celular, de uma moto, talvez um carro, ou quando muito uma casa, outros são proprietários das fábricas, dos latifundios e dos recursos naturais.
O centro da questão para Marx não é que uns sejam proprietários de mais coisas que outros. A diferença fundamental é que uns, os capitalistas, são os proprietários dos meios de produção (fábricas, empresas, latifundios e etc) e não precisam trabalhar para sobreviver, outros, os trabalhadores, por não terem a propriedade destes meios de produção, se veem obrigados a vender para quem os têm, sua força de trabalho. É assim que a propriedade privada traça as fronteiras entre as classes sociais.