COMO A ARTE SE RELACIONA EM DIMENSÕES SOCIAIS?
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Resposta:
Explicação:
Tanto o campo social influencia a produção artística como a arte condiciona o contexto social. A interdependência entre a arte e a sociedade pressupõe encarar a obra como um produto social, por um lado, e como um elemento constitutivo da própria sociedade
espero ter ajudadu
bons estudos pa tu
Resposta:
A Arte num sentido mais moderno pode ser entendida como um produto da actividade artística. Esta só se torna conhecida quando é acessível ao conhecimento de outros. Os avanços tecnológicos têm contribuído para que as obras de arte se tornem cada vez mais acessíveis às pessoas.
Aquele que faz a Arte é o artista e fá-la segundo os seus sentimentos, o seu conhecimento, a sua vontade, as suas ideias, a sua criatividade e a sua imaginação, o que permite dizer que a obra de arte é uma for ma de interpretação da vida.
É nesta interdependência entre o artista e a sociedade em que se insere, e vice-versa, que vai incidir o estudo que me propus realizar, a dimensão social da arte, tendo presente que outras dimensões poderiam ser também objecto de análise (política, filosófica, religiosa, arquitectónica, etc.).
2. A arte produto/produtor social
“Esta inter-relação pode ser analisada de várias perspectivas. Pelo próprio artista sendo uma pessoa autónoma como génio ou como simples artista. De qualquer das formas é um ser heterónomo, dependente do mundo social do mundo social que o rodeia e que ele observa, interioriza, reproduz ou deforma.” 1(Logos, 1989:475). Mas também pelo público a que o artista se dirige na relação de produtor e consumidor, de interlocutor presente ou ausente, simpático ou antipático, aberto ou fechado à sua mensagem e ao modo como é transmitida.
Pelos colaboradores, que muitas vezes tem de associar-se (pensemos na obra de um realizador de cinema, de um compositor musical, de um pintor, de um arquitecto) para poder ver a sua obra realizada, através de variadas interpretações, ensaios, perspectivas. Pelos instrumentos utilizados dos quais muitos são resultado do trabalho socializado.
Pelos estilos e movimentos, em relação aos quais terá de situar-se, negando-os ou assumindo-os, quer de uma maneira ou de outra, terá sempre um maior ou menor carácter social e económico. Na relação com outros meios de expressão mais ou menos artísticos, poderá potenciar o combate de libertação para a liberdade (em termos políticos, técnicos, científicos e religiosos).
Pela pretensão da Arte em ser considerada a verdade da própria vida em todas as suas dimensões: real e imaginária, racional e afectiva, pessoal e comunitária, interessada e gratuita na sua idealidade intemporal, na sua identidade e na sua diferencialidade.
Pela universalidade da sua linguagem que pode ser compreendida pelos homens de todos os tempos, mesmo com a mudança dos comportamentos e das atitudes, o aparecimento de novas técnicas, a “resistência” a regimes económicos e políticos.
Pelos objectivos e pelos fins do próprio artista mas também daqueles que lhe fazem a encomenda da obra: Estado, Igreja, mecenas, simples apreciador, empresário, etc.
A obra de Arte é, agora mais do que nunca, um produto comercial, consequência da forte indústria que se gerou à volta da cultura, que se compra e vende, valoriza e desvaloriza em função das modas, das sensibilidades. “O consumo de massas ao nível do objecto estético, encontra-se hoje sem paralelo na história, independentemente da perspectiva que se tenha sobre o fenómeno (positivista, marxista, existencialista, etc”. 2(Logos, 1989:476).
Assim como produto a Arte também pode ser considerada produtor social. Produto e produtor constituem um “campo de forças”, um cruzamento e encruzamento de linhas que se completam, um nó muito especial de comunicações que procuram atingir quando não informar, todo o homem.
“A Arte é um mundo particular, como seu mundo imaginário, com os seus milhares e milhares de produtores e os seus milhões e milhões de consumidores, com as suas mais variadas instituições, com a sua história e o seu horizonte aberto às coisas novas e diferentes”. 3(Logos, 1989:477).
3. Arte e moralidade
A Arte desempenha um determinado papel na coesão social e nos rituais da prática da sociabilidade. As relações entre a Arte e a moral são para Fernando Pessoa semelhantes às, entre a Arte e a ciência: “não há relação entre a arte e a moral, como não há entre a arte e a ciência, mas uma norma que viola as nossas noções morais, impressiona identicamente o homem e é como um poema que viola a nossa noção de verdade”. 4(Pessoa, Fernando, 1994:54). Ou seja, Pessoa justifica o argumento com a ideia de que um poeta que canta ao elogiar o roubo, não fará com isso um bom poema. Subentende-se assim, uma função social instrutiva da arte para o bem e para a verdade, o que fará com que agrade a mais gente um poema que, sobre ser belo, seja moral, do que um, sendo belo, seja imoral.
Explicação: