como a análise dos Sambaquis pode trazer informações sobre as populações pré-históricas
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Resposta:
Abordaremos aqui o tema pela ótica da arqueologia, o que significa, em linhas gerais, que comentaremos os sambaquis quanto à sua materialidade. Datados de 12.000 a 8.000 anos atrás, os povos que deixaram os sambaquis para estudo dos arqueólogos são chamados de povos de Lagoa Santa.
Os Sambaquis são, segundo Levi Figuti, “eloquentes testemunhos da presença humana em períodos que antecedem a Colonização.”. Os Sambaquis são grandes estruturas em forma de colinas, compostas em 80% por conchas de moluscos. Além disso, há neles ossos, e diversos materiais como restos de alimentos e lascas de quartzo, o que indica que o local era utilizado para trabalhos diversos. Algo muito atrativo para os arqueólogos, além da grande estrutura, é o fato de que os sambaquis contem esqueletos, sugerindo que o espaço era também usado para que estes povos sepultassem seus mortos, sendo o mais antigo esqueleto encontrado batizado de Luiza, o qual foi encontrado no abrigo nº IV da Lapa Vermelha. Alguns dos locais em que se encontram os sambaquis são: Lagoa Santa e Serra do Cipó, ao norte de Belo Horizonte e Vale do Rio Peruaçu e Lapa do Boquête, ao norte de Minas Gerais, e também locais que vão até as Cordilheiras dos Andes.
Por outro lado, os resquícios de corpos humanos podem sugerir que os sambaquis serviam também como cemitérios. Escavações realizadas por arqueólogos nos sambaquis do litoral brasileiro apontam também que eles podem ter sido utilizados como abrigo para as populações, talvez como habitações temporárias.