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No contexto da chamada Guerra Fria, os países da Europa Ocidental, juntamente com os Estados Unidos e o Canadá, fundaram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para defender seus interesses. Em contrapartida, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URRS) também criou um acordo com seus países aliados, o qual ficou conhecido como Pacto de Varsóvia.
A Guerra Fria
Já no contexto da Segunda Guerra Mundial há um processo de acirramento das divergências ideológicas dos Estados Unidos e o Reino Unido com a União Soviética, apesar de lutarem como aliados contra a Alemanha de Hitler. Dentre os anos de 1945 e 1991 o mundo ficou dividido entre duas grandes matrizes ideológicas, configuradas pelas matrizes econômicas e políticas do capitalismo e do socialismo.
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Os territórios socialistas naquele contexto eram a União Soviética, a China e a Europa Oriental (considerados por segundo mundo). Enquanto os representantes do capitalismo eram outros territórios como Estados Unidos, Canadá, Oceania e Europa Ocidental (considerados por primeiro mundo). Ficando os demais países como periferias do capitalismo internacional (então o terceiro mundo).
Pacto de Varsóvia - Objetivos de sua criação - OTAN x URSS
Portanto, havia uma hegemonia bipolar no mundo representada pelo papel dos Estados Unidos e da União Soviética, cada qual com uma visão de mundo, formando dois blocos antagônicos. As disputas geopolíticas se estabeleciam como forma de dominação e poderio.
Os Estados Unidos utilizam-se do discurso de luta contra a expansão do comunismo para investir esforços contra os territórios que se denominavam soviéticos, e para tanto desenvolveu projetos como o Plano Marshall para reconstrução dos países europeus abalados pela guerra, visando que estes não fossem dominados pelas vertentes socialistas.
Corrida armamentista na Guerra Fria
Como forma de repressão dos adversários, tanto a União Soviética, quanto os Estados Unidos, investiram massivamente em desenvolvimento militar, a partir da produção de artefatos bélicos. No entanto, as pesquisas e trabalhos nesta área atrelaram um elemento de risco para toda humanidade, que são os componentes atômicos.
Durante as décadas de 1950 e 1970, as duas grandes potências concentraram em seus domínios os conhecimentos e artefatos atômicos necessários para causar uma verdadeira devastação no mundo, cujo risco ficou conhecido como “holocausto nuclear”, tamanha proporção de destruição no caso de serem lançados estes artefatos.
Essa produção de materiais atômicos funcionou de modo ambíguo durante a Guerra Fria, servindo como força de ameaça aos países inimigos, mas também controlando os ataques entre os dois blocos, conhecedores dos níveis de destruição possíveis no caso do uso destes elementos. Materiais atômicos já haviam ocasionado uma destruição de proporções gigantescas no contexto da Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos lançaram bombas atômicas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, causando um rastro de destruição nas regiões atingidas. Assim, utilizar-se de elementos atômicos ficava mais no contexto da proteção durante os anos da Guerra Fria.
A OTAN
Em 1949 houve a constituição da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN), uma aliança política comandada pelos Estados Unidos, bem como o Canadá e os países da Europa Ocidental. Esse tratado visava garantir a segurança dos membros do acordo, sendo que se um dos países da OTAN fossem atingidos pelos inimigos, todos os demais deveriam criar estratégias para defendê-lo.
Pacto de Varsóvia - Objetivos de sua criação - OTAN
Foto: depositphotos
Em um primeiro momento, os países que aderiram à OTAN foram: os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Islândia, Países Baixos, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Portugal e Itália. Sendo que posteriormente houve ainda o ingresso da Grécia, da Turquia, Alemanha Ocidental e Espanha. No contexto de sua criação, a OTAN tinha sua sede em Bruxelas na Bélgica.
A OTAN existe até os dias atuais, e são membros do grupo: a Albânia, Alemanha, Bélgica, Canadá, Croácia, Dinamarca, Espanha, os Estados Unidos, a França, Grécia, os Países Baixos, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polónia, República Checa, Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia e a Eslovénia. As discussões atuais da OTAN ocorrem no Conselho de Cooperação do Atlântico Norte (CCAN), criado após a queda do Muro de Berlim, com a reunificação da Alemanha Ocidental com a Oriental (Portanto, atualmente, são membros da OTAN alguns dos países que faziam, anteriormente, parte do Pacto de Varsóvia).