Comente sobre o grafite no Brasil?
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Resposta:Considerado por alguns como vandalismo e por outros como dignos exemplares de arte urbana, o grafite (grafitismo) ocupa o espaço das ruas e atinge democraticamente todos os transeuntes causando admiração, repulsa ou indiferença.
Conheça um pouco mais sobre essa manifestação artística que cruza a nossa vida todos os dias.
Grafitismo: a arte do grafite
Chamamos de grafite inscrições ou desenhos rabiscados à mão sobre um muro, uma parede, um monumento, uma estátua ou sobre qualquer elemento que esteja na via pública. Em resumo, os grafiteiros pretendem intervir na cidade, aplicando a sua linguagem em espaços públicos. O objetivo é, principalmente, tecer uma crítica social.
Grafite vem da palavra italiana “graffito”, que significa literalmente “escrita feita com carvão”.
O grafite é, por norma, muito perecível ao tempo e às circunstâncias uma vez que esse tipo de obra não possui proprietário nem vigia.
O trabalho que os grafiteiros produzem vive na dualidade entre a poluição visual e a obra artística. Norman Mailler, um consagrado escritor norte-americano, definiu o grafite como:
"uma rebelião tribal contra a opressora civilização industrial"
Grafite do artista brasileiro Toz na Zona Portuária do Rio.
Grafite do artista brasileiro Toz na Zona Portuária do Rio.
Grafite vs Pichação
Há quem se pergunte se o grafite é arte ou se trata de mera pichação. Tendemos a acreditar que o ato de pichar está intimamente ligado ao vandalismo e à noção de destruição da via pública, enquanto que o grafite está relacionado à uma conotação mais positiva.
O grafitismo é considerado uma arte de rua elaborada a partir de uma técnica mais complexa. Ele é tido por muitos como um ramo das artes visuais.
Em geral, os grafiteiros - como costumam ser chamados - trabalham com latas de spray de tinta e, por vezes, stencil, sobretudo durante à madrugada, para não serem flagrados pela polícia.
Uma grande diferença entre o grafite e a pichação se dá em termos de conteúdo: em geral o grafite está relacionado à uma imagem e a pichação se foca em uma escrita de um indivíduo ou de um grupo que assina muitas vezes um texto de caráter político. A pichação está frequentemente associada à poluição visual e à marginalidade.
O perigo de grafitar
Em muitos países grafitar locais públicos ou privados é considerado uma contravenção punida com multa ou até mesmo detenção.
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Em Los Angeles, por exemplo, a arte de rua é fortemente combatida. A prefeitura inclusive lançou um aplicativo para que as pessoas pudessem denunciar casos e terem recompensas pelo gesto. Quem denuncia pode receber até dois mil dólares. Em 2016 foram feitas mais de 130 mil reclamações e praticamente 3.000km quadrados de arte de rua foram apagados. As multas em Los Angeles para quem for pego grafitando variam entre mil e cinquenta mil dólares. Quem se arrisca corre o risco também de ir para a prisão cumprir pena entre seis meses a um ano.
Em Nova Iorque, por sua vez, a lei é mais branda. Quem é pego grafitando está sujeito a uma multa pequena e/ou a um ou dois dias de trabalho comunitário.
Em Madrid a multa para os grafiteiros vai de trezentos a seis mil euros, mas não há risco de prisão. Em Londres, uma das capitais do grafite, a lei é rigorosa: a multa é de até cinco mil libras e o infrator pode ficar preso por até dez anos.
A história do grafite
Inscrições em paredes públicas são conhecidas desde a época do Império Romano. No entanto, a arte do grafite ganhou força especialmente durante a década de 1970 em Nova Iorque quando um grupo de jovens resolveu desenhar marcas na cidade.
Um ano chave para o grafite foi maio de 1968, quando na capital francesa surgiu um movimento contracultural que usou os muros para inscrever trabalhos de caráter político ou mesmo poético. Veja abaixo exemplos de pichações feitas pelo movimento na época:
'É proibido proibir' foi um dos lemas do grupo grafitado a exaustão.
"É proibido proibir" foi um dos lemas do grupo grafitado a exaustão.
'Sob os paralelepípedos, a praia'
Outro exemplo de grafite realizado na época: "Sob os paralelepípedos, a praia".
O grafite está muito ligado ao hip hop porque esse grupo viu na arte de rua uma linguagem para denunciar a opressão e a condição desfavorecida vivida por uma minoria que tentava dar voz.
A primeira exposição inteiramente dedicada a arte do grafite foi realizada em 1975, em Nova Iorque, no Artist's Space. Seis anos mais tarde, Diego Cortez organizou outra exposição que foi importantíssima para o movimento intitulada New York/New Wave.
O grafite no Brasil
O grafite ingressou no país no final da década de 1970 especialmente no Estado de São Paulo influenciado pela cultura norte-americana.
Explicação: espero te ajudado .