Comente sobre as ondas de urbanização mundial
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As ondas de urbanização
A primeira grande onda de urbanização, circunscritas aos países mais desenvolvidos da Europa e da América do Norte, ocorreu entre 1750 e 1950, quando a taxa de urbanização do conjunto desses países passou de 10% para 52%, e a população urbana cresceu de 15 para 423 milhões de pessoas. A pioneira Inglaterra já apresentava nível de urbanização superior a 50% em 1850.
A industrialização, o desenvolvimento das cidades e a modernização agrícola explicam esse processo, que gerou inúmeros problemas ambientais e sociais.
Uma segunda onda de urbanização teve início em 1950, nos países subdesenvolvidos da América Latina, Ásia e da África. Trata-se de um processo muito mais veloz. A ONU estima que a população urbana deverá duplicar entre 2005 e 2030, com crescimento acelerado na América Latina, que já apresenta nível de urbanização superior ao da Europa.
Cerca de 80% do crescimento urbano no planeta entre 2005 e 2030 deverá ocorrer na Ásia e na África, que no final deste período abrigarão quase sete de cada dez habitantes urbanos no mundo. Entretanto, a China e a índia, que têm as maiores populações do mundo, ainda contam com grande porcentagem de população rural.
A segunda onda de urbanização pode ser explicada pela concentração da propriedade da terra e pala falta de apoio aos pequenos agricultores, que expulsam continuamente a população agricola. Em diversos países pobres, a migração rural-urbana se destina a um número reduzido de cidades. Motevidéu, no Uruguai Buenos Aires, na Argentina, e Seul, na Coreia do Sul, são exemplos de cidades que concentram mais de 50% da população urbana do país, fenômeno conhecido como macrocefalia urbana, isto é, caracterizada pelo desequilíbrio populacional de uma determinada região que pode ser classificada como cidade, estado ou país onde se tornam dominantes e autoritárias em relação a outras cidades por ser favorecida pela quantidade de habitantes que contém e também pela grande quantidade de indústrias em seu território.
A rápida urbanização dos países subdesenvolvidos está sendo acompanhada de um novo conjunto de problemas ammbientais, sociais e de saúde, já que não vem sendo acompanhada pelos investimentos em infraestrutura, como energia, água e saneamento, e principalmente, pela oferta de trabalho.
Para a maior parte da população recém-chegada do campo, sobram apenas empregos temporários, de baixa remuneração, e moradias precárias, tais como as favelas e os cortiços. A situação de exclusão social gera violência urbana e alimenta o aliciamento dos mais jovens para as atividades ilegais, tais como o tráfico de drogas.
Entyretanto, mesmo nessas condições, a ONU acredita que a urbanização do planeta pode ser um fenômeno positivo.