ENEM, perguntado por mlsmnbarros, 7 meses atrás

comente detalhadamente como demonstram o contraste e tenção entre ricos e pobres

Soluções para a tarefa

Respondido por celiaemanuelle5
1

Resposta:

Esta tese usa tabulações do imposto de renda para construir novas séries históricas para a

concentração de renda no topo no Brasil. Entre 1926 e 2013, as frações recebidas pelos

mais ricos combinaram estabilidade e mudança em um padrão distinto do observado nos

países ricos no mesmo período. Ao contrário do previsto por teorias da industrialização e

modernização, não houve nenhuma tendência secular clara. A fatia do centésimo mais rico

da população adulta, em particular, oscilou frequentemente entre 20% e 25%, inclusive

nos anos recentes.

A concentração no topo teve idas e vindas que, mesmo temporárias, foram significativas,

coincidindo com os grandes ciclos políticos do país. A fração apropriada para o 1% mais

rico aumentou durante o Estado Novo e a 2

a Guerra e caiu no imediato pós-guerra e, mais

ainda, na segunda metade da década de 1950, tendência revertida depois do golpe militar

de 1964, com uma volta ao patamar de duas décadas antes. Os anos 1970 foram marcados

por instabilidade, mas a desigualdade cresceu novamente na década seguinte. Em seguida,

houve alguma desconcentração até o fim da década de 1990 ou, talvez, meados dos anos

2000, e estabilidade desde então.

Além disso, a análise empírica explora a repartição da renda entre os ricos, a comparação

do Brasil com outros países e o contraste dos dados tributários com as PNADs e os Censos.

Nesse último caso, as séries produzidas são usadas também para corrigir os coeficientes

de Gini, levando em conta a subestimação dos rendimentos dos mais ricos nas pesquisas

domiciliares.

A discussão é estruturada por três perguntas de cunho histórico-comparativo, e os resultados

são interpretados do ponto de vista institucional. As origens, implicações e justificativas

para isso são apresentadas nos capítulos teóricos que precedem a análise empírica. Esses

capítulos oferecem uma reconstrução da história das ideias sobre estratificação social no

último século e colocam em destaque a longa e heterogênea tradição de estudos sobre os

ricos. Seu argumento central é que o interesse acadêmico e político pela questão distributiva

aflora quando ela é concebida em termos dicotômicos, com foco sobre os mais ricos.

Explicação:

Perguntas interessantes