combate ao aumento do preço dos alimentos (soberania alimentar)
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Soluções para a tarefa
A última edição do boletim da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) sobre o panorama da alimentação mundial alerta que 2011 pode ser um ano difícil para os países mais pobres do mundo e principalmente para os com mais escassez de alimentos. Os preços podem subir para valores nunca vistos desde os picos atingidos em 2008, e isso pode levar a conflitos em muitos lugares.
Atualmente, a inflação no preço dos alimentos em alguns países chega a cerca de 15% em itens como açúcar, manteiga e mandioca. Os preços da farinha e do milho já subiram até 40% nos últimos meses. De acordo com a FAO, as causas por trás disso são especulação dascommodities, flutuação do mercado exterior e condições climáticas extremas que geram quedas de estoques inesperadas.
Em 2011, o aumento dos preços pode chegar até a 20%. Essa é a projeção mais preocupantejá feita pela FAO desde 2007, ano em que a alta dos preços dos alimentos provocou uma desestabilização da economia de vários países e ainda ocasionou conflitos e protestos em muitos lugares
Apesar de as projeções de junho terem indicado um aumento de 2% na produção mundial docereal, estmos enfrentando neste momento uma queda de 1,2%. Além de um declínio de 7% nos estoques de cereal, o que representa 74 dias a menos de comida para o mundo.
Tudo agora depende das colheitas do próximo ano, mas, de acordo com os analistas, a probabilidade de termos colheitas fartas são poucas. “2011 não será um bom ano para colheitas. A condição das plantações de inverso de trigo não estão nada boas. Nem os Estados Unidos e nem a Rússia estão esperando boas colheitas”, disse Lester Brown, fundador doWorldwatch Institute (instituto ambiental que no Brasil é afiliado à Universidade Livre da Mata Atlântica). “Os países pobres serão os que mais vão sofrer, já que sentirão os efeitos das altas dos preços diretamente. Nos EUA e na Europa, o trigo, por exemplo, deve causar um aumento de apenas 10% no preço do pão”.
A pergunta que fica é de que maneira devemos intervir para evitar uma crise desse nível? Será que a solução seria somente o aumento da produção (como feito nas crises passadas) a curto prazo ou deveríamos começar a trabalhar na prevenção de fatores relacionados como, por exemplo, as mudanças climáticas, aumento da população, etc?