Com o avanço da divisão do trabalho, a ocupação da maior parte daqueles que vivem do trabalho, isto é, da maioria da população, acaba restringindo-se a algumas operações extremamente simples, muitas vezes a uma ou duas. Ora, a compreensão da maior parte das pessoas é formada pelas suas ocupações normais. O homem que gasta toda sua vida executando algumas operações simples, cujos efeitos também são, talvez, sempre os mesmos ou mais ou menos os mesmos, não tem nenhuma oportunidade para exercitar sua compreensão ou para exercer seu espírito inventivo no sentido de encontrar meios para eliminar dificuldades que nunca ocorrem. Ele perde naturalmente o hábito de fazer isso, tornando-se geralmente tão embotado e ignorante quanto o possa ser uma criatura humana.... Este tipo de vida corrompe até mesmo sua atividade corporal, tornando-o incapaz de utilizar sua força física com vigor e perseverança em alguma ocupação para a qual foi criado. Assim, a habilidade que ele adquiriu em sua ocupação específica parece ter sido adquirida às custas de suas virtudes intelectuais, sociais e marciais. Ora, em toda sociedade evoluída e civilizada, este é o estado em que inevitavelmente caem os trabalhadores pobres - isto é, a grande massa da população… (SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 213-214). Em 1776, quase cem anos antes de Marx elaborar sua crítica, Adam Smith (1723-1790) reconhecia o caráter pernicioso da divisão do trabalho nas fábricas. Na visão de Karl Marx, a divisão social do trabalho está relacionada com todos os aspectos, exceto: *
a)Leis trabalhistas
b)Força de trabalho
c)Oposição das classes sociais
d)Produção capitalista
e)Aumento da produtividade
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra A
Explicação:
Na visão de Karl Marx, a divisão social do trabalho no sistema capitalista gera uma hierarquia entre duas classes sociais: a burguesia e o proletariado.
A primeira detém os meios de produção, enquanto a segunda vende sua força de trabalho. Assim, os trabalhadores são obrigados a ter uma jornada de trabalho exaustiva e não recebem o valor que deveriam pelo serviço feito, que tem como foco o aumento da produtividade.
Dessa maneira, a classe opressora (a burguesia) se enriquece por meio da força de trabalho da classe oprimida (proletariado).
Vale lembrar que, nesse sistema, as leis trabalhistas não existiam para respaldar os direitos dos operários.
Espero ter ajudado!!
Bons estudos!!
Leis trabalhistas não são pautas de Marx, isso porque, o autor não trabalha essa possibilidade. Logo a alternativa mais indicada, é a letra “A”, que nos diz exatamente isso.
Apesar de trabalhar com questões relacionadas às forças de trabalho, Marx não se comunica com uma possibilidade de coexistência digna entre o capitalismo e o trabalhador.
Logo, deste modo, as leis trabalhistas, que são uma espécie de amenizador para o trabalhador, não fazem parte do que o autor entende como importante no contexto de sua teoria.
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