Com base na pintura, explique o papel do romantismo brasileiro na formação de uma indentidade nacional no país.
Pra ontem galeraaa
Soluções para a tarefa
O romantismo foi muito importante, tendo base na nacionalidade e exaltação do indígena (logicamente eles queriam exaltar as coisas do Brasil, ou seja, do próprio país). Um exemplo disso é a imagem acima sobre a Iracema, "a virgem dos lábios de mel", é uma obra de José de Alencar (Romancista). Até hoje existe essa expressão "aquela pessoa é romântica", não é de ser cavalheiro ou romântico em si, mas sim de estar sempre "flutuando" e pensando fora da realidade, sempre no imaginário. O romantismo foi uma forma de escape para muitos, que quando não alcançavam o amor da amada, até se matavam. Isso acontece nos dias de hoje, não com frequência, mas podemos perceber o quão é atual e não houve mudança. A partir disso houve muitos que criticaram o Romantismo, que até a próxima escola literária é o Naturalismo (se eu não me engano ou Realismo) que fala de forma totalmente diferente, sendo mais explícito e encarando a realidade da forma bruta como ela realmente é, adicionando valores sensuais (muitos acharam absurdos).
Lembrando que para os românticos, é como se colocasse um "óculos cor de rosa" e o mundo seria belo, e não teria nada de errado, as mulheres sempre conversando e cantando com os passarinhos, era tudo maravilhoso e IDEALIZADO.
Espero ter ajudado! :) ♡♡
O papel do romantismo brasileiro foi, para o país, justamente o de explicar, por meio de imaginação e idealização, suas origens, seu épico nacional, aquilo que o levara a ser o que era.
Nesse quadro, como destacado na obra "As Barbas do Imperador", a indígena é passiva, compõe a cena "sem alterá-la fundamentalmente", e é exatamente isso que o IHGB, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, queria: criar uma história oficial do Brasil onde os indígenas bondosos e ostentadores de uma moralidade europeia eram abordados pelos portugueses, interessados em criar, com eles, uma civilização.
Veja, por exemplo, A Confederação dos Tamoios, poema de Gonçalves de Magalhães. Nele, não faltam bons e maus indígenas, e o mesmo vale para os colonizadores. Até mesmo de augúrios dispõe a obra, tentando afirmar o Brasil como obra inevitável, fruto do encontro dos bons. Novamente, cito "As Barbas do Imperador":
É num momento particularmente significativo da trama que Tibiriçá, índio converso da tribo Guaianá, tenta convencer seu sobrinho rebelado, Jagoanharo, das vantagens do mundo civilizado. Após a conversa, é Jagoanharo quem tem um sonho divinatório em que prevê, em pleno século XVI, a chegada da família real, a independência, o Império, a guerra na região do Prata e por fim o reino do justo monarca Pedro II.
E a pintura apresentada complementa tudo isso, estabelecendo os bons indígenas como puros, ingênuos e coniventes com as mudanças que seriam trazidas pelos bons europeus. Esse era o plano do IHGB para a história nacional, e esse é o começo da interpretação, até hoje ubíqua, do índio como bom, puro, honesto.