História, perguntado por julielobo1211, 9 meses atrás

Com base na observação das características da fazenda da Babilônia localizada em Pirenópolis descreva sobre a sua importância para a economia colonial o modo de funcionamento do engenho de açúcar e como ocorria a mão de obra no local.

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Respondido por masanchez
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Resposta:

Explicação:

O objetivo do presente trabalho é examinar a situação fundiária no Brasil Imperial

nos seus aspectos econômicos, mas também sociais e legais, a partir de seus antecedentes

coloniais, e examinar criticamente a questão tradicionalmente enfatizada na historiografia

da onipresença e predominância de latifúndios no período imperial.

Naturalmente a própria definição de latifúndio é subjetiva, variando entre países no

tempo e no espaço, e em função do uso da terra para diferentes atividades econômicas. A

agricultura e a pecuária extensiva no Brasil tinham necessidades de terra e de mão-de-obra

bem diversas e, especialmente a pecuária no sertão, dependia da existência de outros

recursos naturais como acesso a água, limitando as áreas viavelmente exploráveis. Mas com

as devidas qualificações é possível traçar um quadro aproximado da estrutura fundiária em

determinadas regiões do país, relacionando-a com as principais atividades econômicas

regionais, e distinguindo entre o que seria claramente uma grande propriedade, por

exemplo, mais de mil hectares e um pequeno estabelecimento rural de uns poucos hectares.

Mas uma área de pecuária no Rio Grande do Sul precisa ser vista sob uma perspectiva

diferente da de um sítio de mandioca no Recôncavo Baiano.

O presente estudo, especialmente diante da limitação de dados, apesar do aumento

recente de estudos regionais e locais, tem, portanto, caráter tentativo e exploratório,

concentrando-se sempre que possível nas regiões em que se encontrava a maior parte da

população e da produção.

No primeiro capitulo examina-se brevemente a evolução da população brasileira do

período final da colônia até o advento da República, fator essencial na demanda por terras,

em um período em que o café e depois a borracha vão se tornar as principais exportações

do país. A seguir retraça-se a questão das formas de ocupação, de apropriação e de

constituição de direitos sobre as terras no período colonial, notadamente a concessão de

sesmarias para a agropecuária e de datas para mineração. No terceiro capítulo recapitula-se

brevemente, de uma perspectiva teórica, a questão da terra e da imigração em territórios de  

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ocupação recente, objeto de discussões desde o final do século XVIII. Em sequencia,

examina-se, graças a dados mais abundantes, a situação das posses e propriedades no Brasil

do final do período colonial até a Lei de Terras de 1850, com ênfase no fim do regime de

sesmarias, no resultante vazio jurídico, e no lento processo de discussão de nova legislação.

No quinto capítulo, retraçam-se as polêmicas com relação à questão fundiária, a aprovação

da Lei de Terras em 1850 e sua regulamentação em 1854.

Aborda-se no sexto capitulo, de forma inevitavelmente breve, a situação específica

das terras indígenas ao longo de um processo que envolveu até mesmo a negação da

existência de índios em várias regiões. No sétimo capítulo, examina-se a controvérsia sobre

os efeitos da Lei de 1850 e de sua regulamentação, inclusive quanto à evolução do valor da

terra, buscando-se mostrar que posições extremadas quanto à ausência de efeitos da nova

legislação são parcialmente refutadas pela evidência que emerge dos registros paroquiais de

terras. Estes são objeto de exame mais detalhado no oitavo capítulo. No nono capítulo,

recapitulam–se as informações estatísticas sobre posses e propriedade de terras que atestam

a presença de numerosos pequenos estabelecimentos, mas sugerem a predominância dos

latifúndios em termos de área total apropriada, inclusive em áreas de ocupação recente.

Examinam-se também diferenças na evolução econômica das várias províncias do país. No

capítulo seguinte, destacam-se algumas visões críticas de contemporâneos sobre a questão

da grande propriedade, bem como os limites de aplicação e o frequente descumprimento da

Lei de Terras. No decimo-primeiro capitulo, aborda-se a importante exceção das províncias

do sul do Brasil em que foi possível a implementação de uma bem-sucedida politica de

colonização com base na pequena propriedade familiar de imigrantes europeus. Finalmente,

no epílogo, examina-se a situação fundiária e a situação econômica das principais

províncias após a Abolição, logo transformadas em estados quando do advento da

República, constatando-se a continuada existência nas diversas áreas do país, tanto de

numerosas pequenas propriedades ou posses quanto de latifúndios, não parecendo

justificável uma concentração excessiva dos estudos acadêmicos apenas nas gra

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