Com base na observação das características da fazenda da Babilônia localizada em Pirenópolis descreva sobre a sua importância para a economia colonial o modo de funcionamento do engenho de açúcar e como ocorria a mão de obra no local.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
O objetivo do presente trabalho é examinar a situação fundiária no Brasil Imperial
nos seus aspectos econômicos, mas também sociais e legais, a partir de seus antecedentes
coloniais, e examinar criticamente a questão tradicionalmente enfatizada na historiografia
da onipresença e predominância de latifúndios no período imperial.
Naturalmente a própria definição de latifúndio é subjetiva, variando entre países no
tempo e no espaço, e em função do uso da terra para diferentes atividades econômicas. A
agricultura e a pecuária extensiva no Brasil tinham necessidades de terra e de mão-de-obra
bem diversas e, especialmente a pecuária no sertão, dependia da existência de outros
recursos naturais como acesso a água, limitando as áreas viavelmente exploráveis. Mas com
as devidas qualificações é possível traçar um quadro aproximado da estrutura fundiária em
determinadas regiões do país, relacionando-a com as principais atividades econômicas
regionais, e distinguindo entre o que seria claramente uma grande propriedade, por
exemplo, mais de mil hectares e um pequeno estabelecimento rural de uns poucos hectares.
Mas uma área de pecuária no Rio Grande do Sul precisa ser vista sob uma perspectiva
diferente da de um sítio de mandioca no Recôncavo Baiano.
O presente estudo, especialmente diante da limitação de dados, apesar do aumento
recente de estudos regionais e locais, tem, portanto, caráter tentativo e exploratório,
concentrando-se sempre que possível nas regiões em que se encontrava a maior parte da
população e da produção.
No primeiro capitulo examina-se brevemente a evolução da população brasileira do
período final da colônia até o advento da República, fator essencial na demanda por terras,
em um período em que o café e depois a borracha vão se tornar as principais exportações
do país. A seguir retraça-se a questão das formas de ocupação, de apropriação e de
constituição de direitos sobre as terras no período colonial, notadamente a concessão de
sesmarias para a agropecuária e de datas para mineração. No terceiro capítulo recapitula-se
brevemente, de uma perspectiva teórica, a questão da terra e da imigração em territórios de
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ocupação recente, objeto de discussões desde o final do século XVIII. Em sequencia,
examina-se, graças a dados mais abundantes, a situação das posses e propriedades no Brasil
do final do período colonial até a Lei de Terras de 1850, com ênfase no fim do regime de
sesmarias, no resultante vazio jurídico, e no lento processo de discussão de nova legislação.
No quinto capítulo, retraçam-se as polêmicas com relação à questão fundiária, a aprovação
da Lei de Terras em 1850 e sua regulamentação em 1854.
Aborda-se no sexto capitulo, de forma inevitavelmente breve, a situação específica
das terras indígenas ao longo de um processo que envolveu até mesmo a negação da
existência de índios em várias regiões. No sétimo capítulo, examina-se a controvérsia sobre
os efeitos da Lei de 1850 e de sua regulamentação, inclusive quanto à evolução do valor da
terra, buscando-se mostrar que posições extremadas quanto à ausência de efeitos da nova
legislação são parcialmente refutadas pela evidência que emerge dos registros paroquiais de
terras. Estes são objeto de exame mais detalhado no oitavo capítulo. No nono capítulo,
recapitulam–se as informações estatísticas sobre posses e propriedade de terras que atestam
a presença de numerosos pequenos estabelecimentos, mas sugerem a predominância dos
latifúndios em termos de área total apropriada, inclusive em áreas de ocupação recente.
Examinam-se também diferenças na evolução econômica das várias províncias do país. No
capítulo seguinte, destacam-se algumas visões críticas de contemporâneos sobre a questão
da grande propriedade, bem como os limites de aplicação e o frequente descumprimento da
Lei de Terras. No decimo-primeiro capitulo, aborda-se a importante exceção das províncias
do sul do Brasil em que foi possível a implementação de uma bem-sucedida politica de
colonização com base na pequena propriedade familiar de imigrantes europeus. Finalmente,
no epílogo, examina-se a situação fundiária e a situação econômica das principais
províncias após a Abolição, logo transformadas em estados quando do advento da
República, constatando-se a continuada existência nas diversas áreas do país, tanto de
numerosas pequenas propriedades ou posses quanto de latifúndios, não parecendo
justificável uma concentração excessiva dos estudos acadêmicos apenas nas gra