Com base n’O Livre-arbítrio de Santo Agostinho, explique o que é a boa vontade e as quatro virtudes cardeais?
Soluções para a tarefa
O pensamento de Agostinho conduziu a visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha a restaurar a condição decaída da razão humana, sendo portanto mais importante.
Para Agostinho de Hipona, ou Santo Agostinho, e o homem é livre para fazer o bem e que não é forçado a cometer o mal por nenhuma necessidade. Se o homem peca, a culpa é sua. Agostinho insiste fortemente na bondade essencial e infinita de Deus. Sem o livre-arbítrio não haveria mérito nem desmérito, glória nem insulto, responsabilidade nem irresponsabilidade, virtude nem vício.
Necessário conhecer o pensamento agostiniano sobre as relações entre a liberdade, a vontade e a graça: “Duas condições são exigidas para fazer o bem: um dom de Deus que é a graça e o livre-arbítrio. Sem o livre-arbítrio não haveria problemas; sem a graça, o livre-arbítrio, após o pecado original, não quereria o bem ou, se o quisesse, não conseguiria realizá-lo."
A graça, portanto, tem o efeito de tornar a vontade boa. Esse poder de usar bem o livre-arbítrio é precisamente a liberdade. A possibilidade de fazer o mal é inseparável do livre-arbítrio, mas o poder de não fazê-lo é a marca da liberdade.
A boa vontade para Agostinho é a vontade pela qual desejamos viver com retidão e honestidade, para atingirmos a sublime sabedoria. A boa vontade é expressão: da fé, da esperança e do amor, sobretudo do amor.
O exercício da boa vontade implica na vivência das quatro virtudes cardeais: prudência, fortaleza, temperança e justiça. O homem virtuoso deve ser aquele que ama as coisas que devem ser amadas, não os que se atentam aos vícios e ao apego desencadeado pela matéria.
Bons estudos!