História, perguntado por andrezacontab, 6 meses atrás

Com base em seus conhecimentos sobre essa fase da revolução inglesa,responda por qual motivo cada um dos lados acima lutavam?

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Respondido por kimmaryala
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A Revolução Inglesa foi um dos momentos mais marcantes da Idade Moderna. Ocorrida entre 1640 e 1688, foi uma das primeiras revoluções burguesas que limitaram o poder de um rei absolutista e deu início à formação de uma monarquia constitucional na Inglaterra. Essa revolução marcou também o começo do predomínio das religiões protestantes no reino inglês. O fim do absolutismo, a ascensão da burguesia como classe social dominante e o Parlamento como centro político criaram um ambiente favorável para o surgimento das primeiras indústrias décadas depois, bem como para a consolidação do capitaliMOS Inglês

A Reforma Protestante não foi apenas um movimento de contestação à doutrina da Igreja Católica, pois influenciou diversas áreas da sociedade, como a política e a economia. Inúmeros reis europeus se converteram a essas novas religiões cristãs, rompendo suas relações com o catolicismo. Dessa forma, a burguesa se aliou aos reis para garantir benefícios econômicos, pois as novas doutrinas religiosas defendiam o trabalho e o lucro, ao contrário da Igreja Católica, que se opôs à usura, ou seja, à cobrança de juros.

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII, da dinastia Tudor, promoveu uma reforma religiosa e converteu as terras que pertenciam à Igreja Católica em propriedade privada. Essa ruptura com o catolicismo fez com que a Inglaterra se tornasse rival de outros reinos católicos, como a Espanha. Vale dizer que várias guerras que aconteceram na Europa nesse período tiveram entre suas causas os embates entre católicos e protestantes.

Logo após o fim da dinastia Tudor, subiu ao trono na Inglaterra o rei Jaime I, da dinastia Stuart, que governou os ingleses entre 1603 e 1625. Essa mudança favoreceu os nobres e tentou frear o avanço da burguesia. O rei aumentou impostos, impôs o monopólio estatal sobre os negócios burgueses e perseguiu os puritanos, que era a religião predominante entre os negociantes. Além dessa investida contra a burguesia, Jaime I também enfrentou o Parlamento ao dissolvê-lo e deixá-lo inativo entre 1614 e 1622.

O Parlamento inglês era bicameral. A Câmara dos Comuns era dominada pelos burgueses, e a Câmara dos Lordes, pela nobreza e aliados do rei. Quando alguma medida não obtinha a maioria no Parlamento, o rei ordenava o seu fechamento. Foi o que aconteceu em 1640, quando o rei Carlos I, filho de Jaime I, enviou ao Parlamento um projeto de aumento de impostos. O Parlamento estava dividido em duas alas:

os diggers, que defendiam a realização da reforma agrária e uma distribuição de terras para o desenvolvimento da agricultura; e

os levellers, que defendiam a prática da religião católica de forma livre, bem como a igualdade jurídica.

Como não houve consenso, o projeto não foi aprovado, e o rei ameaçou suspender as atividades parlamentares. Quando Carlos I entrou em guerra contra a Escócia, ele pediu aos parlamentares autorização para aumentar os impostos e financiar a batalha. A Câmara dos Comuns rejeitou o pedido do rei, mas, dessa vez, estava preparada para uma reação absolutista.

Oliver Cromwell, um líder radical puritano, organizou um exército burguês para defender o Parlamento contra as investidas de Carlos I. O exército entrou em guerra com as tropas reais, iniciando a Revolução Puritana. Essa primeira fase da revolução teve questões religiosas e colocou em lados opostos dois grupos: a nobreza, os aliados do rei e o clero contra os burgueses, pequenos mercadores e artesãos que professavam o calvinismo.

Nessa batalha contra o Parlamento, Carlos I tinha o apoio dos cavaleiros da nobreza. Em 1642, Cromwell convocou o Novo Exército Modelo, formando por pequenos burgueses e camponeses, também chamado de “Cabeças Redondas”, por não utilizarem as perucas dos nobres. Esses soldados eram promovidos pelos méritos, e não por sangue. Além do embate físico, os motivos daquele confronto eram discutidos entre eles, o que aumentava a consciência política de suas ações.

O exército de Cromwell conseguiu derrotar as tropas de Carlos I e o rei foi preso. Em 1649, a ala radical da burguesia exigiu a decapitação do rei, o que aconteceu em 31 de janeiro daquele ano. Pela primeira vez, um monarca era decapitado em praça pública por ordem do Parlamento.

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