Com a escola coexistem muitos outros e variados mecanismos e ambientes educacionais que não devem ser vistos necessariamente como opostos ou alternativos à escola, mas como funcionalmente complementares a ela. Esses recursos são, justamente aqueles que a partir de certo momento passaram a ser chamados de não-formais. Em termos conceituais, a educação formal" compreenderia o sistema educacional altamente institucionalizado, cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado que vai dos primeiros anos da escola primária até os últimos da universidade; a "educação não-formal", toda atividade organizada, sistemática, educativa, realizada fora do marco do sistema oficial, para facilitar determinados tipos de aprendizagem a subgrupos específicos da população, tanto adultos como infantis .Dessa forma, a dimensão não-formal da educação é aquela que rompe com as determinações que caracterizam a escola e se constitui como um conjunto de processos, meios, instituições, com objetivos explícitos de formação não diretamente voltados à outorga dos graus próprios do sistema escolar. O currículo precisa ser entendido como uma criação cotidiana daqueles que fazem as instituições educacionais – formais e não formais - , como prática que envolve os processos interativos realizados por educandos e educadores, nas relações estabelecidas no cotidiano educacional, relacionado com as estruturas sociais e culturais que o produzem. Dessa forma, podemos entender como a construção do currículo no cotidiano escolar é influenciada e determinada pelas características do contexto socioeconômico-cultural em que as instituições estão inseridas.Tal compreensão significa afirmar que a concepção processual de currículo nos leva a considerá-lo como resultado de diversas operações materiais desenvolvidas nas instituições educacionais; de diferentes ideias, princípios e concepções que lhe dão forma; bem como das peculiaridades das condições reais do contexto de seu desenvolvimento. TRILLA, Jaume. A educação não-formal. In: ARANTES, Valéria Amorim (Org.). Educação formal e não-formal. São Paulo: Summus, 2008. Sobre o currículo nos diferentes espaços de atuação do pedagogo, analise as afirmativas a seguir. I. Constitui uma construção cultural e social demanda considerar e analisar os contextos (social, político, econômico, cultural e pedagógico) concretos que o moldam. II. Constitui forma de organizar uma diversidade de práticas educativas no cotidiano educacional supõe a compreensão de que diferentes ações, vários sujeitos, múltiplas concepções, espaços e tempos distintos, diversos saberes/fazeres intervêm em sua configuração, no interior de certas condições concretas estabelecidas por interações culturais, sociais e institucionais. III. Constitui mecanismo que tem como uma de suas funções favorecer a construção do conhecimento culturalmente selecionado, por uma política educacional, para ser trabalhado, sistematicamente, no processo de escolarização. IV. Em termos de conteúdos e práticas, o currículo é algo que deve esgotar-se em elementos preestabelecidos, estáticos, formais, regulamentados, não cabendo adquirir sua forma e significado à medida que vai interagindo com a cultura nos seus diferentes contextos. É correto o que se afirma em Alternativas: a) II, III e IV, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) I, II e III, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III e IV.
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I, II, III
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I, II e III, apenas.
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