Coisas do meu sertão
Seu dotô, que é da cidade
Tem diproma e posição
E estudou derne1 minino
Sem perdê uma lição,
Conhece o nome dos rio,
Que corre inriba2 do chão,
Sabe o nome das estrela
Que forma constelação,
Conhece todas as coisa
Da histora da criação
E agora qué i na Lua
Causando admiração,
Vou fazê uma pergunta,
Me preste bem atenção:
Pruquê não quis aprendê
As coisa do meu sertão?
Por favô, não negue não
Quero que o sinhô me diga
Pruquê não quis o roçado
Onde se sofre fadiga,
Pisando inriba do toco,
Lacraia, cobra e formiga,
Cocerento de friêra
Incalombado3 de urtiga,
Muntas vez inté duente,
Sofrendo dô de barriga,
Mas o jeito é trabaiá
Que a necessidade obriga.
(...)
Patativa do Assaré. Disponível em: .
Acesso em: 30 de jun. de. 2021.
Vocabulário:
1. derne: forma regional, equivalente a desde.
2. inriba: forma regional, equivalente a: em cima, sobre.
3. incalombado: cheio de calombos.
Ao ler o texto Coisas do meu sertão, pode-se afirmar que o sertanejo do poema é um homem simples:
a.
sonhando com a vida de “doutor”.
b.
cansado da sua vida no sertão.
c.
ligado à terra e à lavoura.
d.
querendo ir à Lua.
e.
irritado com a sabedoria do “dotô”.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
Alternativa e)
Explicação:
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