clovis, rei dos francos , se converteu ao cristianismo. Quais as consequencias desse fato?
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A conversão de Clóvis não foi, certamente, um ato improvisado, pois nada de grande se faz de repente. É certo que, ao redor de Clóvis, tudo colaborava para conduzi-lo a isso: a ação benéfica e constante de sua esposa, as orações e esforços apostólicos dos bispos e missionários (entre todos, os do grande São Remígio), a crescente adesão à fé verdadeira por parte de seus súditos galo-romanos e até bárbaros. Sua consciência ficou, por assim dizer, sitiada. Faltava porém a adesão de sua vontade, que somente poderia provir de um ato livre e espontâneo seu.
Ele teria podido — a exemplo de outros bárbaros ilustres, como Gondebaldo, rei dos burgúndios; ou Teodorico, rei dos ostrogodos — permanecer surdo a tantos apelos e recusar-se a tomar a decisão transcendental. A grandeza de seu ato vem de ter aberto sua alma, na plenitude de sua liberdade, para a ação da graça que o chamava a uma tão grande elevação.
A vitória de Clóvis teve como efeito direto o desfazimento do perigo alamano. Tendo sido por séculos o terror do império, e depois se tornado terror dos francos, esse povo passou a inspirar apenas sentimentos de piedade aos vizinhos. E o rei dos francos, com seu ato de clemência, inaugurou sua entrada na família majestosa dos reis cristãos. Historicamente, essa vitória e a conseqüente conversão do rei franco abre caminho para a constituição da civilização medieval.