Cláudio Manuel da Costa é um curioso caso de poeta de transição. Ele reconhece e admira os princípios estéticos do Arcadismo, aos quais busca se filiar, mas não consegue vencer as fortes influências do Barroco que haviam marcado a sua juventude intelectual.
Explique o que há de Barroco e o que há de árcade no poema transcrito abaixo
01. Destes penhascos fez a natureza
02. O berço em que nasci: oh! quem cuidara
03. Que entre penhas tão duras se criara
04. Uma alma terna, um peito sem dureza.
05. Amor, que vence os tigres, por empresa
06. Tomou logo render-me; ele declara
07. Contra o meu coração guerra tão rara,
08. Que não me foi bastante a fortaleza.
09. Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
10. A que dava ocasião minha brandura,
11. Nunca pude fugir ao cego engano:
12. Vós, que ostentais a condição mais dura,
13. Temei, penhas, temei, que Amor tirano,
14. Onde há mais resistência, mais se apura.
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Resposta:
Cláudio Manuel da Costa é um conhecido poeta árcade brasileiro.
Explicação:
Na poesia em questão, nota-se que, além de traços árcades, também coexistem elementos oriundos de uma influência barroca sobre o autor.
Como característica árcade principal vê-se a questão da natureza. Diferentemente de outras estéticas o arcadismo valoriza essa convivência do ser humano com a natureza.
O barroco, por sua vez, está presente na questão das contradições que existem no poema.
- No terceiro parágrafo, o eu-lírico fala que "por mais que conhecesse o dano, não pode fugir ao cego engano", isto é, existe uma antítese, elemento linguístico muito utilizado pelos autores barrocos.
- Outro elemento típico do barroco presente no texto é o uso de uma linguagem dramática, marcada por um certo exagero.
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