- Classifique cada texto acima de acordo com o gênero literário respectivo e cite as principais
características visualizadas.
a) Texto I
b) Texto II
c) Texto III
2- Qual gênero literário mais lhe interessa? Por quê?
TIL
Soluções para a tarefa
preciso ler o texto pra responder a primeira ,pois a segunda é pessoal
Texto I
Aparece a gata.
GATA — Qua qua quatro. Somos quatro.
CACHORRO — Epa, quem falou? Quem está aí?
GATA — Estou aqui na árvore. Sou uma gatinha.
CÃO — Au, au, au.
JUMENTO — Calma, cachorro, espere aí e não faça mais isso, entendeu?
CÃO — Sim, sim, senhor jumento. JUMENTO — Primeira lição do dia: "O melhor amigo do bicho,
é o bicho". E você, gata, desce da árvore.
GATA — Nãooooooooooo, depende do programa.
GALINHA — Nós vamos à cidade, vamos fazer um conjunto. Você também sabe cantar?
GATA — Ah! sim, infelizmente!
JUMENTO — Como? Infelizmente?
GATA — Porque fazer um som não foi nada jóia para mim. Cantar uma música me custou muitíssimo.
JUMENTO, GALINHA, CÃO — Ah! Conta.
História de uma gata
Me alimentaram,
me acariciaram,
me aliciaram,
me acostumaram.
O meu mundo era o apartamento.
Detefon, almofada e trato,
todo dia filé mignon
ou mesmo um bom filé... de gato. Me diziam, todo momento:
fique em casa, não tome vento.
Mas é duro ficar na sua
quando à luz da lua
tantos gatos pela rua
toda a noite vão cantando assim:
Nós, gatos, já nascemos pobres,
porém, já nascemos livres.
Senhor, senhora, senhorio, felino,
não reconhecerás.
De manhã eu voltei pra casa,
fui barrada na portaria,
sem filé e sem almofada,
por causa da cantoria.
Mas agora o meu dia-a-dia
é no meio da gataria
pela rua virando lata
eu sou mais eu, mais gata,
numa louca serenata,
que de noite sai cantando assim:
Nós, gatos, já nascemos pobres,
porém, já nascemos livres.
Senhor, senhora, senhorio, felino,
não reconhecerás.
JUMENTO — Àquela altura da estrada, já éramos quatro amigos. Queríamos fazer um conjunto? Bem.
Queríamos ir juntos à cidade? Muito bem! Só que à medida que íamos caminhando, quando
começamos a falar dessa cidade, fui percebendo que os meus amigos tinham umas idéias muito
esquisitas sobre o que é uma cidade. Umas idéias atrapalhadas, cada ilusão, negócio de louco.
(Trecho de “Os saltimbancos”, de Chico Buarque)
Texto II
Despe os trapos o herói, pula à soleira
De arco e de aljava, e aos pés derrama as
frechas,
Dizendo aos procos: “A árdua empresa é
finda;
Num alvo nunca dantes alcançado
A mira tenho, e dê-me glória Febo.”
A Antino aqui dispara o tiro acerbo,
Quando ele as duas asas d’áurea taça
Maneava, e o licor ia empinando,
Não cuidoso da morte. Quem previra
Que entre muitos um só, famoso embora,
À Parca o renderia? A ponta o vara
Da goela à cerviz tenra; ao golpe, Antino
Deixa a taça cair, de ilharga tomba;
Sangue das ventas jorra, e a pés convulso
A mesa empurra; espalha-se a comida,
Suja-se a carne e o pão. Ferve o tumulto;
Erguem-se alvorotados, procurando
Em vão, pelas paredes esculpidas,
Escudo ou lança, em cólera fremiam:
“Que! forasteiro, aos homens é que
apontas!
Final proeza: abutres vão tragar-te;
Mataste a flor dos Ítacos mancebos..
(Canto XXII, Odisséia, de Homero)
Texto III
Um bom poema
Mário Quintana
Um bom poema é aquele que nos
dá a impressão
de que está lendo a gente ...
e não a gente a ele!