classificação ecológica do pantanal? heeelllpppp :)
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O Pantanal tem sido reconhecido internacionalmente como um dos biomas inundáveis mais importantes do globo, particularmente pela sua biodiversidade. O fluxo das águas originado nas partes altas dos planaltos, e que escoa para o Pantanal por meio do rio Paraguai e seus afluentes, inunda anualmente a planície, propiciando nichos ecológicos fundamentais para a diversidade da vida da região. As diversas formas de vida do Pantanal dependem da expansão e da retração anual e plurianual de hábitats terrestres que se tornam inundáveis e vice-versas. Este livro confere um enfoque diferente dos livros tradicionais sobre o Pantanal, os quais normalmente ressaltam o aspecto de sua beleza cênica, com fotografias espetaculares. Seu texto aprofunda-se no funcionamento do sistema natural, seus hábitats naturais, sua flora e fauna, seu uso e ocupação, suas ameaças ambientais e na proteção da diversidade de sua vida regional, numa moldura conceitual e científica da Ecologia e da Conservação.
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O Pantanal Mato-grossense é a maior planície alagada do
continente americano, com 133.465 Km2. Localizado no Centro-Oeste
brasileiro, engloba parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
além de avançar para Bolívia e Paraguai.
A localização estratégica, sob influência de diversos ecossistemas -
Cerrado, Chaco, Amazônia e Mata Atlântica -, associada a ciclos anuais e
plurianuais de cheia e seca e temperaturas elevadas, faz do Pantanal o
local com a maior concentração de fauna das Américas, sendo comparável às
áreas de maior densidade da África. Jacarés, araraúnas, papagaios,
tucanos, além do emblemático tuiuiú são parte da paisagem pantaneira.
Sua biodiversidade inclui mais de 650 espécies diferentes de aves, 262
espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas, 80 espécies de mamíferos
e 50 de répteis. Além disso, o Pantanal conta com 1.700 espécies de
plantas.
Jacarés e tuiuius são parte da paisagem pantaneira: a maior
concentração de fauna das Américas
A principal característica dessa região é a interdependência de quase
todas as espécies de plantas e animais do fluxo das águas.
Durante os meses de outubro a abril, as chuvas aumentam o volume dos rios
que, devido à pouca declividade do terreno, extravasam seus leitos e
inundam a planície. Nessa época, muitos animais buscam refúgio nas terras
'firmes', espalhando-se pelas áreas não inundadas. Peixes se reproduzem e
plantas aquáticas entram em floração.
Ao final do período das chuvas, entre junho e setembro, as águas baixam
lentamente e voltam ao seu curso natural, deixando os nutrientes que
fertilizam o solo. As aves se aglomeram em imensos ninhais, iniciando a
reprodução antes da maioria das espécies dos outros ecossistemas
brasileiros. Mamíferos e répteis migram internamente, acompanhando as
águas. No auge da seca, a fauna se concentra em torno das lagoas e
pequenos cursos d'água - os corixos - facilitando sua observação, tanto
por turistas, como por coletores e caçadores.
Principais ameaças
Criação de gado é a principal atividade econômica da região.
Introduzida no final do século XIX, a criação de gado bovino é a principal
atividade econômica do Pantanal e conta com um rebanho de 3 milhões de
cabeças. Tradicionalmente, a pecuária extensiva também obedecia ao ritmo
das águas, tendo se desenvolvido, inclusive, raças pantaneiras de bovinos
e eqüinos, adaptados ao pastejo em águas rasas. A modernização dessa
pecuária, entretanto, trouxe a divisão de terras, variedades exóticas de
capim e a necessidade de interferir no fluxo das águas com pequenas
represas, estradas, dragagens e drenagens, além de difundir o uso de
pesticidas.
A pesca é outra atividade bastante desenvolvida. Em que pese a enorme
produtividade pesqueira do ecossistema e a riqueza de espécies comerciais,
tanto a pesca industrial - para exportação a outras regiões do país ou
para abastecimento dos restaurantes e hotéis - como o turismo de pesca
ameaçam a sustentabilidade. Os peixes estão diminuindo de tamanho e
tornando-se mais raros, nítidos sinais de superexploração, aos quais se
somam problemas de contaminação por pesticidas e poluição industrial,
sobretudo nos rios que vem do planalto.
Pesca sem controle: peixes estão diminuindo de tamanho e
tornando-se raros.
Essa falta de controle sobre as atividades desenvolvidas na região e seu
entorno motivaram o Banco Mundial a considerar o Pantanal como área
vulnerável e prioridade máxima para conservação. Somam-se, ainda,
problemas com a mineração, o aumento do lixo urbano e projetos de
navegação. Algumas atividades, como a caça ilegal e o crescimento
desordenado do turismo, representam ameaça direta à vida selvagem, além da
pesca predatória.
Existem apenas duas áreas protegidas pelo governo nessa região - o Parque
Nacional do Pantanal, com 135.000 hectares, e a Estação Ecológica de
Taiamã, com 11.200 hectares. Além disso, existem três Reservas
Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), administradas pela Fundação
Ecotrópica - Acurizal, Penha e Dorochê -, que somam 55.000 hectares
contíguos ao Parque Nacional e aumentam em 44% a área protegida.
A recomendação do workshop de Áreas Prioritárias para Conservação do
Cerrado e do Pantanal, realizado em 1998, com a participação de 200
especialistas, é de formação de corredores ao longo dos rios, interligando
20 áreas consideradas importantes para preservação da biodiversidade.
continente americano, com 133.465 Km2. Localizado no Centro-Oeste
brasileiro, engloba parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
além de avançar para Bolívia e Paraguai.
A localização estratégica, sob influência de diversos ecossistemas -
Cerrado, Chaco, Amazônia e Mata Atlântica -, associada a ciclos anuais e
plurianuais de cheia e seca e temperaturas elevadas, faz do Pantanal o
local com a maior concentração de fauna das Américas, sendo comparável às
áreas de maior densidade da África. Jacarés, araraúnas, papagaios,
tucanos, além do emblemático tuiuiú são parte da paisagem pantaneira.
Sua biodiversidade inclui mais de 650 espécies diferentes de aves, 262
espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas, 80 espécies de mamíferos
e 50 de répteis. Além disso, o Pantanal conta com 1.700 espécies de
plantas.
Jacarés e tuiuius são parte da paisagem pantaneira: a maior
concentração de fauna das Américas
A principal característica dessa região é a interdependência de quase
todas as espécies de plantas e animais do fluxo das águas.
Durante os meses de outubro a abril, as chuvas aumentam o volume dos rios
que, devido à pouca declividade do terreno, extravasam seus leitos e
inundam a planície. Nessa época, muitos animais buscam refúgio nas terras
'firmes', espalhando-se pelas áreas não inundadas. Peixes se reproduzem e
plantas aquáticas entram em floração.
Ao final do período das chuvas, entre junho e setembro, as águas baixam
lentamente e voltam ao seu curso natural, deixando os nutrientes que
fertilizam o solo. As aves se aglomeram em imensos ninhais, iniciando a
reprodução antes da maioria das espécies dos outros ecossistemas
brasileiros. Mamíferos e répteis migram internamente, acompanhando as
águas. No auge da seca, a fauna se concentra em torno das lagoas e
pequenos cursos d'água - os corixos - facilitando sua observação, tanto
por turistas, como por coletores e caçadores.
Principais ameaças
Criação de gado é a principal atividade econômica da região.
Introduzida no final do século XIX, a criação de gado bovino é a principal
atividade econômica do Pantanal e conta com um rebanho de 3 milhões de
cabeças. Tradicionalmente, a pecuária extensiva também obedecia ao ritmo
das águas, tendo se desenvolvido, inclusive, raças pantaneiras de bovinos
e eqüinos, adaptados ao pastejo em águas rasas. A modernização dessa
pecuária, entretanto, trouxe a divisão de terras, variedades exóticas de
capim e a necessidade de interferir no fluxo das águas com pequenas
represas, estradas, dragagens e drenagens, além de difundir o uso de
pesticidas.
A pesca é outra atividade bastante desenvolvida. Em que pese a enorme
produtividade pesqueira do ecossistema e a riqueza de espécies comerciais,
tanto a pesca industrial - para exportação a outras regiões do país ou
para abastecimento dos restaurantes e hotéis - como o turismo de pesca
ameaçam a sustentabilidade. Os peixes estão diminuindo de tamanho e
tornando-se mais raros, nítidos sinais de superexploração, aos quais se
somam problemas de contaminação por pesticidas e poluição industrial,
sobretudo nos rios que vem do planalto.
Pesca sem controle: peixes estão diminuindo de tamanho e
tornando-se raros.
Essa falta de controle sobre as atividades desenvolvidas na região e seu
entorno motivaram o Banco Mundial a considerar o Pantanal como área
vulnerável e prioridade máxima para conservação. Somam-se, ainda,
problemas com a mineração, o aumento do lixo urbano e projetos de
navegação. Algumas atividades, como a caça ilegal e o crescimento
desordenado do turismo, representam ameaça direta à vida selvagem, além da
pesca predatória.
Existem apenas duas áreas protegidas pelo governo nessa região - o Parque
Nacional do Pantanal, com 135.000 hectares, e a Estação Ecológica de
Taiamã, com 11.200 hectares. Além disso, existem três Reservas
Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), administradas pela Fundação
Ecotrópica - Acurizal, Penha e Dorochê -, que somam 55.000 hectares
contíguos ao Parque Nacional e aumentam em 44% a área protegida.
A recomendação do workshop de Áreas Prioritárias para Conservação do
Cerrado e do Pantanal, realizado em 1998, com a participação de 200
especialistas, é de formação de corredores ao longo dos rios, interligando
20 áreas consideradas importantes para preservação da biodiversidade.
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