classificação dos micro-organismo de acordo com a aeraçao
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COMO É FEITA A CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS?
Microrganismos estão por toda parte! No ar, objetos e inclusive nos alimentos. Isso mesmo que você leu: alimentos. Eles são organismos que possuem uma única célula e não podem ser vistos a olho nu. Muitas vezes são associados a doenças, mas nem sempre é assim. Alguns deles são benéficos à saúde humana e sem eles as nossas funções vitais seriam prejudicadas.
Mas como podemos identificar os tipos de microrganismos? Para isso existem algumas classificações. Confira a seguir quais são essas classificações e entenda de que forma os microrganismos podem ser prejudiciais e benéficos para o ser humano!
Classificação de risco
As classes são definidas de acordo com o potencial de risco que cada microrganismo oferece ao indivíduo e à comunidade. São elas:
Classe 1: o risco é muito baixo individualmente e para a comunidade ou até mesmo ausente e os microrganismos não têm capacidade de provocar doenças. Exemplo: Bacillus subtilis; os mesmos utilizados na bebida Yakult
Classe 2: o risco individual é moderado e limitado para a comunidade. Os microrganismos podem provocar doenças, mas a propagação é limitada. Exemplo: Vírus da Febre Amarela;
Classe 3: o risco individual é elevado e limitado para a comunidade. O patógeno geralmente provoca doenças graves, podendo ocorrer a propagação de indivíduo para indivíduo, mas existem medidas de profilaxia. Exemplo: Mycobacterium tuberculosis;
Classe 4: o risco é elevado individualmente e para a comunidade. Os microrganismos são altamente patogênicos, possuem fácil propagação e não existem medidas profiláticas. Exemplo: Vírus Ebola.
Classificação dos microrganismos por classe
Patogênicos e não patogênicos
Essa classificação está relacionada aos microrganismos presentes nos alimentos. Os patógenos são aqueles que não alteram as propriedades dos alimentos, mas podem causar doenças caso sejam consumidos. Eles são os responsáveis pelas doenças transmitidas por alimentos (DTA’s), como a Salmonella sp — encontrada em ovos e carnes.
Já os não patogênicos possuem a capacidade de alterar as características dos alimentos. Essa alteração pode ser negativa, através da deterioração (mofo, amolecimento), ou positiva, como aquelas que fazem parte do processo de fabricação de diversos alimentos, como vinho, queijo e leite. A bactéria Láctica faz parte dessa classe de microrganismos — ela transforma o leite em queijo.
Geneticamente modificados
Um organismo geneticamente modificado é aquele cujo material genético foi manipulado a fim de favorecer alguma determinada característica. E o mesmo ocorre com os microrganismos: por terem seu material genético modificado, eles conseguem se estabelecer melhor no ambiente. Além disso, a característica introduzida é expressada com eficiência.
Atualmente, o principal uso dos microrganismos geneticamente modificados é na agricultura, pois eles reduzem a necessidade do uso de agrotóxicos e aumentam a produção! E ainda são muito utilizados no controle de pragas, por apresentarem um potencial econômico considerável.
Oportunistas
Esse tipo de microrganismo convive com o ser humano e aguarda até que a resistência do organismo baixe para se instalar e provocar doenças, como infecções. Ele não consegue se proliferar em indivíduos saudáveis, pois o sistema imunológico o mantém afastado. O HIV é o exemplo mais clássico de microrganismo oportunista.
Microrganismos em benefício dos seres humanos
Como já dissemos antes, alguns microrganismos são essenciais para que o nosso corpo realize algumas funções vitais. Mas existem outras maneiras de utilizá-los em nosso benefício!
Os microrganismos da Classe 1 — na classificação por risco — são usados na solução do tratamento biológico. Este tratamento é um processo no qual a matéria orgânica presente em efluentes é degradada e digerida pelos microrganismos.
É importante ressaltar que a quantidade de microrganismos utilizada nessa solução é inferior ao número presente no Yakult, não oferecendo risco ao ser humano, por não se tratar de bactérias geneticamente modificadas e nem oportunistas.
Existem ainda, as “bactérias do bem”. Elas são benéficas para o meio ambiente, para o corpo humano, sendo utilizadas até em tratamento de saúde e saneamento básico.