Cite uma consequência política que persiste em vários Estados da África decorrente da Partilha da África.
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Resposta:
Uma consequência desse processo foi que, ao ser partilhada, as potências europeias ignoraram completamente quaisquer aspectos sociais do continente africano e levaram em conta apenas os interesses europeus. Sendo assim, as fronteiras não foram definidas de acordo com a realidade africana.
Etnias inimigas foram unidas dentro de um mesmo território, bem como etnias iguais foram divididas entre dois ou mais territórios.
Dessa maneira, em diversos Estados africanos é possível encontrar uma situação de instabilidade política, ocorrendo muitos regimes ditatoriais e guerras civis no continente, decorrentes, em grande parte, da grosseira divisão territorial empreendida ali pelas potências europeias durante o século XIX.
Resposta:
História
Partilha da África
Por Lia Vieira em 14/02/2015
No final do século 19, países europeus decidiram repartir o continente africano entre si e o exploraram durante aproximadamente 100 anos, deixando terríveis sequelas e efeitos nefastos de sua presença.
Como se não fosse o suficiente a dizimação iniciada no século 16, com a necessidade da mão de obra escrava na América, no final do século 19, os exploradores se aliaram às elites locais, passando a desfrutar de prestígio social e econômico. A África sofre até hoje com os efeitos e consequências da exploração imperialista.

Foto: Reprodução
Por que se chama partilha da África?
Partilha da África é o nome dado ao processo de divisão do continente africano, que foi realizado pelas potências europeias. O processo de partilha ocorreu na Conferência de Berlin, nos anos de 1884 e 1885.
Os principais países envolvidos eram: Inglaterra, França, Portugal, Alemanha, Itália, Bélgica e em menor medida, a Espanha. Este período no qual as potencias competiam entre si pela posse de terras, é também chamado de “corrida colonial”.
Conferência de Berlin
O Rei Leopoldo II da Bélgica tinha a intenção de criar uma colônia na região do Congo, que era cobiçada por vários países. O Rei se apresentava como um filantropo em busca de ajudar o povo africano, porém, seu grande objetivo era ser dono pessoal de um império.
Portugal elaborou um mapa, conhecido como “mapa cor de rosa” com a intenção de tornar o território português uma faixa que ligava os territórios da Angola e Moçambique, conectando o continente de leste a oeste (sendo que estes territórios interessavam a países muito mais poderosos).
Expansionismo francês que procurava atingir principalmente a África do norte.
Expansionismo Inglês de fazer dos rios Congo e Níger uma área de livre navegação, em função de interesses comerciais.
De qualquer modo não foi através da Conferência de Berlin que ocorreu todo o processo de partilha da África, e sim por documentos que definiam a partilha das terras, dentro de contratos bilaterais, realizados em sua maioria após a conferência.
Prejuízos com a partilha de África
A Conferência de Berlin se intensificou e com isso as potências enviaram expedições secretas e militares, com a finalidade de travar contato com os chefes locais e forçá-los com violência ao seu domínio. Com isso, várias regiões da África chegaram a ser exterminadas por completo.
Guerras
Entre as várias disputas colonialistas, podemos destacar a Guerra dos Bôeres, que ocorreu entre os anos de 1899 a 1902 deixando a Inglaterra vitoriosa e anexando ao seu território Orange e Transvaal.
Consequências para a África
Conflitos na sociedade africana;
Problemas étnicos;
Problemas econômicos;
Problemas Políticos;
A África passou pelo processo de descolonização apenas no meio do século 20, enfrenta guerras civis que acontecem até hoje, além de problemas com a miséria que tem origem em dívidas externas que crescem ano após anos