Cite três problemas do transporte urbano no Brasil?
Soluções para a tarefa
Resposta:
No Brasil, o transporte público acontece, na maior parte das vezes, por meio ônibus, trens e metrôs. Em muitas regiões populosas, ele sofre dos problemas da urbanização e, apesar de ser considerado uma das soluções para a melhoria do trânsito, encontra-se, na maior parte do país, em mal estado de planejamento e investimentos, causando transtornos à população local, tais como a superlotação e a impossibilidade de locomoção. Apesar de considerar-se a situação do transporte coletivo como não sendo a ideal, algumas cidades destacam-se pelo seu planejamento urbano e pela forma como cuidam do transporte, entre as capitais, a mais citada com essas características é Curitiba, no Paraná.[1]
Com o aumento do poder econômico das classes mais baixas e a facilidade de crédito para se comprar um automóvel ou uma moto na última década, grande parte dos brasileiros optam pelos meios de transporte individual, contribuindo assim para o aumento dos congestionamentos. Entre as cidades com maiores registros desses acontecimentos estão Rio de Janeiro e São Paulo, tendo números muito elevados de quilômetros de lentidão nos horários de pico, no início da manhã e no final da tarde. No levantamento mais recente sobre o assunto, realizado pelo Ipea em 2011, 55% dos brasileiros disseram estar insatisfeitos com o serviço oferecido pelo Estado.[2] O mesmo estudo
Explicação:
O transporte coletivo no Brasil enfrenta uma série de problemas na área de investimentos. Em muitas cidades ele é considerado precário ou em número insuficiente para atender à população. Isso se refere, principalmente, às regiões do interior do país, afastadas das metrópoles.
Resposta: O transporte público no Brasil sempre foi alvo de muitas reclamações ao longo do tempo. Na maioria das vezes, as queixas referem-se ao fato de os veículos estarem sempre lotados, às condições ruins dos carros e à baixa qualidade dos serviços prestados. Tais problemas somaram-se à insatisfação popular com o aumento das passagens de ônibus em algumas capitais do Brasil nas últimas semanas, o que culminou em uma série de protestos que vem sendo realizada na maior parte das capitais estaduais.
A insatisfação da população com o transporte coletivo nas cidades brasileiras, no entanto, não é uma questão recente. Pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2011 e 2012, revelaram um quadro negativo, com avaliações classificadas como “péssimas ou ruins” ultrapassando os 60%.
Mas de onde surgiram os problemas relacionados ao transporte público no país?
Para responder a essa questão, é preciso compreender a lógica da urbanização brasileira, que se estruturou a partir da lógica dos países subdesenvolvidos, baseada em uma industrialização tardia e acelerada a partir da segunda metade do século XX, mediante a importação de tecnologias dos países desenvolvidos e com a instalação de empresas estrangeiras.
Esse processo de industrialização acelerada das grandes cidades contribuiu para a ocorrência de um igualmente acelerado processo de urbanização. Além do mais, tal fenômeno ocorreu de forma concentrada na região Sudeste, atraindo uma considerável parcela da população de outras regiões, sobretudo da região Nordeste. Para agravar, o processo de mecanização intensificou aquilo que se chama por êxodo rural (migração em massa da população do campo para as cidades), favorecendo ainda mais o excesso populacional das metrópoles (metropolização).
Esse verdadeiro exército de trabalhadores que passou a habitar as grandes metrópoles brasileiras a partir da segunda metade do século XX não encontrava boas condições de moradia. Como no capitalismo a terra é uma forma de mercadoria, os terrenos das grandes cidades sofriam com um alto grau de valorização, o que dificultava a permanência das classes menos abastadas nas regiões centrais das cidades.
Essas pessoas não tinham outra opção a não ser procurar por moradia em zonas segregadas e afastadas das regiões centrais, periferias que nasciam em função do crescimento desordenado do espaço urbano. Somam-se a isso os processos de favelização e de condição de rua de boa parte dessa população.
Apesar de a maior parte dos habitantes das grandes cidades residir em zonas periféricas e afastadas, era nas zonas nobres e centrais que as principais ofertas de emprego concentravam-se. Isso porque essas regiões historicamente concentraram os investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços, revelando uma contradição inerente ao capital.