Filosofia, perguntado por VanessaKauanny, 1 ano atrás

Cite três exemplos de filosofia de vida vivenciadas por você.

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Respondido por professoragiorg
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As minhas três filosofias de vida são:
a) ser evangélica e adorar a Deus sob todas as coisas;
b) ser honesta;
c) ser uma pessoa de atitudes e de caráter.

          Pois, no momento em que sou evangélica, e adoro a Deus, estou aderindo a um meio de vida em que eu creio.
          E em ser honesta, é algo que vem de berço, pois em geral, nossos pais sempre nos orientam na honestidade.
          E referente a ser uma pessoa de atitude e de caráter, simplesmente é  um ato de eu ser eu mesma e deixar que minha atitudes falem pelos meus atos, falem por mim.
Respondido por marigiorgiani
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Essa resposta é bem pessoal, pois a filosofia de vida de cada indivíduo tem que ir de acordo com sua história pessoal e aspirações. Porém, gostaria de destacar Jean-Paul Sartre e sua filosofia como um modelo a ser estudado e possivelmente vivenciado.

Para Sartre, o homem é um tipo diferente de ser, pois pode pensar sobre a própria consciência e sobre o mundo ao seu redor. Para o homem que se define por sua autoconsciência, existir e refletir são a mesma coisa. A consciência humana não tem uma essência definida, não tem um criador que tenha dado uma finalidade a priori para sua vida: “O homem é um ser pelo qual o nada vem ao mundo”.  

O que resta ao homem? Sua liberdade, consequência básica dessa constatação. A única opção é criar. É durante a própria existência que o homem define, a cada momento, o que ele é. Em outras palavras, o homem constrói os significados de sua vida, seus objetivos, metas, valores, sua visão de mundo, seu sentido. O homem é o único responsável por seus atos e escolhas, criador de sua existência autêntica. Vivemos presos numa teia de significados que nós mesmos criamos diante de um mundo que, sozinho, nada significa. Não há nenhuma ética pronta, anterior a nós mesmos, para nos guiar. Não há tábuas de apoio ou pretextos. Por isso, no homem, “a existência precede a essência”.

Sartre tinha plena consciência de como essa filosofia é extremamente angustiante: em vez de aceitarmos valores prontos dados pela Igreja ou por uma tradição qualquer, somos completamente responsáveis por nossos atos, por nossas escolhas, valores e sentidos. Em vez de consumir éticas enlatadas, temos que produzir a nossa própria. Viver é uma escolha: são as escolhas de cada homem que definirão a sua essência. E mais: essas escolhas podem afetar, de forma irreversível, o próprio mundo. A angústia, portanto, vem da própria consciência da liberdade e da responsabilidade em usá-la de forma adequada: “O homem está condenado a ser livre”.  

O melhor para sermos felizes, então, não seria assumir um sentido para a vida pronto, como uma religião qualquer ou a busca pelo dinheiro? Não. A filosofia de Sartre defende a liberdade e a autenticidade de cada ser humano como essenciais, não obstante a angústia que tal liberdade pode nos trazer. Sartre chama de má-fé a atitude daqueles que, renunciando à própria liberdade, assumem um papel pronto na sociedade; aqueles que não são sujeito, mas objeto da própria vida.

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