cite os três tipos de esportes sujeridos pelo documentos oficial da Unesco que mudou de forma positiva as abordagens da educação física
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Vários são os autores que identificam a relação histórica entre a Educação Física e a saúde, entre eles Ghiraldelli Júnior (1998), Soares (1994) e Carvalho (1995). Carvalho (1995) identifica duas formas de reproduzir a relação citada: uma identifica a prática da atividade física como produtora de saúde e outra como prevenção. Para a autora, ambas constroem sua epistemologia na concepção de que somente o exercício físico é o responsável pela saúde dos alunos, desconsiderando aspectos como: políticas públicas, cultura, contexto social e saneamento.
Para compreendermos o papel da saúde na Educação Física Escolar no Brasil, é necessário resgatar a história da disciplina e seus respectivos períodos. A introdução da Educação Física nas escolas brasileiras se deu efetivamente através da Reforma Couto Ferraz, em 1851. Através de reforma realizada por Rui Barbosa, em 1882, houve uma recomendação que a ginástica fosse obrigatória. Porém, é somente a partir de 1920 que vários estados incluem a Educação Física em suas reformas educacionais (BETTI, 1991)
Ghiraldelli (1998), explica que a Educação Física brasileira apresenta concepções históricas, identificando-as em cinco tendências[1]: Higienista (até 1930), Militarista (de 1930 a 1945) Pedagogicista (1945 a 1964) e Competitivista (1964 a 1985).
Posteriormente podemos incluir a Educação Física Popular (1985 até os dias atuais). A Educação Física Popular se desmembra em várias abordagens[2]. A seguir analisaremos cada uma delas, tendências e abordagens, e sua relação com a saúde.
2. A saúde e as tendências pedagógicas da Educação Física Escolar
2.1. Tendência Higienista (até 1930)
Esta tendência foi bastante influenciada pela medicina e pela eugenia. Segundo Darido e Rangel (2005) esta concepção possuía como preocupação principal os hábitos de higiene e saúde, valorizando tanto o desenvolvimento físico quanto o moral, a partir do exercício.
De acordo com Luz (2007), a medicina teve um papel estratégico no desenvolvimento da Educação Física. Para o autor, os saberes e práticas da Educação Física passam a sofrer influências dos saberes da área médica, buscando uma legitimação científica, principalmente na área biomédica, como todos os saberes relativos ao corpo.
Possuía como característica a utilização da ginástica calistênica, os professores eram da área médica, não havia interação entre alunos e professor, os mais fracos e doentes eram excluídos das aulas e não havia nenhuma interação com as questões pedagógicas da escola (SOARES, 1994).
O tema saúde era uma preocupação da elite da época, que temendo contaminações, utilizou a Educação Física como um meio de doutrinar as classes mais baixas, no sentido de fiscalizar e promover a assepsia corporal. Tal fiscalização era realizada no início das aulas quando era realizada a inspeção, momento em que os alunos deveriam mostrar aos professores a limpeza corporal – unhas, cabelos, pescoço, braços e pernas. Alunos com qualquer tipo de doença eram eliminados das aulas, aqueles que estivessem demonstrando qualquer tipo de impureza – roupa suja, unhas a fazer, etc., eram sumariamente excluídos. As blusas do uniforme da prática de Educação Física deveriam ser brancas, fato até hoje usualmente corriqueiro nas aulas da disciplina, tal cor foi admitida por representar a pureza e a limpeza (AZEVEDO, 1920).