Cite os principais lídere do movimento do Equador
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A Confederação do Equador
Movimento separatista iniciado em Pernambuco a 02 de julho de 1824 e que se estendeu às províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, com objetivo de formação de uma nova República: a Confederação do Equador. Tudo aconteceu quando Dom Pedro I, depois de dissolver, no final de 1823, a Assembléia Constituinte, no Rio de Janeiro, outorga a Constituição do Império (março de 1824), impondo ao País um Estado Unitário.
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono, julgando que poderiam obter maior poder político com o controle sobre a província de Pernambuco. Dessa maneira as elites agrárias da região pretendiam preservar as estruturas socioeconômicas e ao mesmo tempo chegar ao poder, até então manipulado pelos mercadores e militares de origem portuguesa, que se concentravam em Recife. No entanto esse movimento não foi protagonizado apenas pelas elites.
A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares. Se as camadas populares não tinham até então sua própria organização, isso não significa que não tivesse condição para organizar suas reivindicações e caminhar com as próprias pernas, questionando não apenas o autoritarismo do poder central, mas da própria aristocracia da província
A Confederação do Equador pode ser considerada como um desdobramento da Revolução de 1817, marcada pelo liberalismo radical e que fora reprimida por D. João VI. No entanto, apesar da violenta repressão, as idéias republicanas e autonomistas estavam fortemente arraigadas em parcelas significativas da sociedade pernambucana. Essas idéias haviam se desenvolvido ao longo do século XVIII, devido as influências do iluminismo europeu e principalmente á decadência da lavoura canavieira associada à política de opressão fiscal do governo do Marquês de Pombal, e se manifestaram principalmente na Revolução Pernambucana de 1817 e no Movimento Constitucionalista de 1821.
Em outros momentos da história, as idéias liberais encontraram terreno para expansão, como durante a Revolução do Porto e nos primeiros momentos pós independência.
A Confederação
Em meio a este clima tenso, D. Pedro I nomeou um novo presidente para a província - Francisco Pais Barreto - destituindo Manuel Paes de Andrade, que fora escolhido pelas Câmaras de Olinda, Recife, Igaraçu, Pau-d'Alho, Cabo, Limoeiro e Serinhaém.
Esta decisão abriu caminho para o início do movimento separatista que ficou conhecido como Confederação do Equador. Seus participantes, apresentando-se como "patriotas pernambucanos", discordaram desta medida do imperador, considerando-a autoritária. O movimento ganhou ímpeto, desafiando o poder central, espalhando-se pelas ruas de Recife, inclusive contando com a adesão de alguns estrangeiros.
A revolta, de conteúdo "antilusitano", teve como líder Manuel de Carvalho, que participara ativamente da Revolução de 1817 e que, por conta disto, fora exilado nos Estados Unidos da América tornando-se grande admirador daquele país. A 2 de julho de 1824 Manuel de Carvalho proclamou a Confederação do Equador, uma nova República na América que deveria unir, num mesmo Estado, todas as províncias da Bahia até o Grão-Pará.
O Manifesto da Proclamação da Confederação do Equador declarava, entre outros pontos, que (...) "salta aos olhos a negra perfídia, são patentes os (...) perjúrios do Imperador". Ficava bem clara a idéia que os participantes faziam do monarca, e temiam os rumos que o Império tomaria após a outorga da Constituição de 1824.
A tensão aumentava neste movimento, acentuadamente urbano e popular, de caráter mais democrático do que os anteriores movimentos nativistas. Era, por exemplo, muito diferente da Revolução Pernambucana de 1817, liderada por proprietários de escravos e de terras, comerciantes locais e muitos militares, que entendiam estar sendo explorados pelos portugueses da "nova Lisboa".
Na descrição da viajante Maria Grahan, o ambiente na província pernambucana, guardadas as proporções, era semelhante ao que se sentia na França ao tempo da Revolução Francesa. Muitos olhos espreitavam e muitos ouvidos permaneciam atentos, pelos cantos, sempre à espera de armadilhas e traições.
Para organizar o Estado que surgia convocou-se uma Assembléia, que elaborou um projeto constitucional que priorizava o Poder Legislativo. Suspendia também o tráfico negreiro no porto de Recife (...) "até que a soberana Assembléia resolva este Negócio", considerando ser este (...) "um comércio, que está em completa oposição com os princípios do Direito Natural, e as luzes do presente século."
Este ponto, porém, causou um fracionamento no movimento pois atingia em cheio os poderosos interesses locais, como já ocorrera em 1817. Por outro lado, a participação de camadas populares - homens
Movimento separatista iniciado em Pernambuco a 02 de julho de 1824 e que se estendeu às províncias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, com objetivo de formação de uma nova República: a Confederação do Equador. Tudo aconteceu quando Dom Pedro I, depois de dissolver, no final de 1823, a Assembléia Constituinte, no Rio de Janeiro, outorga a Constituição do Império (março de 1824), impondo ao País um Estado Unitário.
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono, julgando que poderiam obter maior poder político com o controle sobre a província de Pernambuco. Dessa maneira as elites agrárias da região pretendiam preservar as estruturas socioeconômicas e ao mesmo tempo chegar ao poder, até então manipulado pelos mercadores e militares de origem portuguesa, que se concentravam em Recife. No entanto esse movimento não foi protagonizado apenas pelas elites.
A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares. Se as camadas populares não tinham até então sua própria organização, isso não significa que não tivesse condição para organizar suas reivindicações e caminhar com as próprias pernas, questionando não apenas o autoritarismo do poder central, mas da própria aristocracia da província
A Confederação do Equador pode ser considerada como um desdobramento da Revolução de 1817, marcada pelo liberalismo radical e que fora reprimida por D. João VI. No entanto, apesar da violenta repressão, as idéias republicanas e autonomistas estavam fortemente arraigadas em parcelas significativas da sociedade pernambucana. Essas idéias haviam se desenvolvido ao longo do século XVIII, devido as influências do iluminismo europeu e principalmente á decadência da lavoura canavieira associada à política de opressão fiscal do governo do Marquês de Pombal, e se manifestaram principalmente na Revolução Pernambucana de 1817 e no Movimento Constitucionalista de 1821.
Em outros momentos da história, as idéias liberais encontraram terreno para expansão, como durante a Revolução do Porto e nos primeiros momentos pós independência.
A Confederação
Em meio a este clima tenso, D. Pedro I nomeou um novo presidente para a província - Francisco Pais Barreto - destituindo Manuel Paes de Andrade, que fora escolhido pelas Câmaras de Olinda, Recife, Igaraçu, Pau-d'Alho, Cabo, Limoeiro e Serinhaém.
Esta decisão abriu caminho para o início do movimento separatista que ficou conhecido como Confederação do Equador. Seus participantes, apresentando-se como "patriotas pernambucanos", discordaram desta medida do imperador, considerando-a autoritária. O movimento ganhou ímpeto, desafiando o poder central, espalhando-se pelas ruas de Recife, inclusive contando com a adesão de alguns estrangeiros.
A revolta, de conteúdo "antilusitano", teve como líder Manuel de Carvalho, que participara ativamente da Revolução de 1817 e que, por conta disto, fora exilado nos Estados Unidos da América tornando-se grande admirador daquele país. A 2 de julho de 1824 Manuel de Carvalho proclamou a Confederação do Equador, uma nova República na América que deveria unir, num mesmo Estado, todas as províncias da Bahia até o Grão-Pará.
O Manifesto da Proclamação da Confederação do Equador declarava, entre outros pontos, que (...) "salta aos olhos a negra perfídia, são patentes os (...) perjúrios do Imperador". Ficava bem clara a idéia que os participantes faziam do monarca, e temiam os rumos que o Império tomaria após a outorga da Constituição de 1824.
A tensão aumentava neste movimento, acentuadamente urbano e popular, de caráter mais democrático do que os anteriores movimentos nativistas. Era, por exemplo, muito diferente da Revolução Pernambucana de 1817, liderada por proprietários de escravos e de terras, comerciantes locais e muitos militares, que entendiam estar sendo explorados pelos portugueses da "nova Lisboa".
Na descrição da viajante Maria Grahan, o ambiente na província pernambucana, guardadas as proporções, era semelhante ao que se sentia na França ao tempo da Revolução Francesa. Muitos olhos espreitavam e muitos ouvidos permaneciam atentos, pelos cantos, sempre à espera de armadilhas e traições.
Para organizar o Estado que surgia convocou-se uma Assembléia, que elaborou um projeto constitucional que priorizava o Poder Legislativo. Suspendia também o tráfico negreiro no porto de Recife (...) "até que a soberana Assembléia resolva este Negócio", considerando ser este (...) "um comércio, que está em completa oposição com os princípios do Direito Natural, e as luzes do presente século."
Este ponto, porém, causou um fracionamento no movimento pois atingia em cheio os poderosos interesses locais, como já ocorrera em 1817. Por outro lado, a participação de camadas populares - homens
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