Saúde, perguntado por cristinanascim27, 9 meses atrás

Cite os nomes das proteções para rodoviárias

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Respondido por 4548950892
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Resposta:

Em alguns casos, acidentes rodoviários que interromperam vidas poderiam não ter mutilado famílias, porque existem soluções de engenharia capazes de oferecer uma chance de sobrevivência a vítimas de erros dos motoristas.

Um caminhão pendurado na ponte da Via Dutra (BR-116), em São Paulo, e um carro lançado por cima da mureta baixa demais. O carro pegou fogo. Uma passageira morreu e outra teve queimaduras graves.

O Brasil tem exemplos demais de lugares em que erros dos motoristas não têm perdão. Mas e se as estradas e avenidas perdoassem?

Acidentes acontecem, principalmente num dia de muita chuva, pouca visibilidade, pista molhada. O asfalto tem que ser bom, a sinalização precisa estar visível e o motorista não pode correr demais nem dirigir falando ao celular ou depois de beber. Tudo isso ajuda a evitar acidentes.

“Rodovias que perdoam”

Mas se alguém cometer algum erro, quem está dentro do carro não vai precisar pagar com a própria vida se houver algum tipo de proteção que diminua o impacto e reduza as consequências da batida. Esse é o conceito das “rodovias que perdoam”.

“Os resultados são ótimos, ou seja, você diminui o número de lesões e de óbitos nos acidentes. Existem claramente as normas e o Poder Público e as concessionárias conhecem essas normas. O que precisa é a fiscalização e a exigência que essas normas sejam aplicadas”, explicou José Aurélio Ramalho, do Observatório Nacional de Segurança Viária.

Uma árvore, por exemplo, fica no meio de duas pistas da Marginal Pinheiros. Numa, os carros passam a 60 km/hora; na outra, a 90. Nessa velocidade, se alguém bate de frente, a chance de morrer é muito grande. E isso não é só uma hipótese. Um acidente aconteceu na região, tem até um pedaço de para-lama. O carro só não bateu de frente na árvore porque o “guard-rail” segurou. Só que de um lado existe a proteção. Do outro, proteção nenhuma.

Uma curva na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em São Paulo, já foi responsável por muitas mortes. Os carros derrapavam e caíam na ribanceira. A pedido da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma mureta de concreto reforçado foi construída, ainda acontecem derrapagens, até capotamentos. Mas nem mais uma pessoa morreu na região.

“Tinha acidentes que poderiam ser com pouca ou nenhuma gravidade, que se tornavam acidentes muito sérios. A gente recorda até de um com cinco mortos, numa situação que poderia ser evitada se a prática na rodovia já tivesse visualizado essa situação, que uma simples mureta evitaria a morte de várias pessoas”, lamentou Ricardo de Paula, porta-voz da PRF.

Concessionárias

As concessionárias de rodovias dizem que tomam esse cuidado. “Para você obter, por exemplo, uma licença de operação das rodovias modernas, você tem que estar cumprindo normas e exigências que contemplam isso”, disse Flávio Freitas, diretor da ABCR.

Em Camanducaia, Minas Gerais, barreiras erguidas na Rodovia Fernão Dias (BR-381) impedem que caminhões desgovernados despenquem pelo barranco e também evitam que carros e caminhões sem controle atravessem a pista, atingindo quem vem no sentido contrário. Desde que foram feitas pequenas mudanças num ponto da estrada, não houve mais acidentes com mortes no local.

Em Avaré, no Oeste paulista, uma mureta foi construída para proteger uma ponte na Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Mas em Piraju, na mesma estrada, os motoristas continuam correndo risco ao passar por armações de concreto que mal pode ser chamadas de proteção.

O outro lado

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de São Paulo declarou que a Raposo Tavares (SP-270) está sendo modernizada e vai ficar mais segura.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo declarou que a pista local da Marginal Pinheiros, mostrada na reportagem, é de baixa velocidade, por isso não necessita de defensas metálicas.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirmou que fiscaliza e exige o cumprimento das normas técnicas de segurança nos contratos de concessão.

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