Geografia, perguntado por batatinha1102, 10 meses atrás

Cite e explique os conflitos étnicos culturais da Índia

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Respondido por oaugekk
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Resposta:

A Índia obteve sua independência em 1947. Seu movimento nacional foi liderado por Mohandas K. Gandhi (conhecido como Mahatma Gandhi) e Jawaharlal Nehru. Porém, Mohammad Ali Jinnah, líder dos muçulmanos no país, temia que seus correligionários se tornassem uma minoria perseguida numa terra dominada por hindus. Ele acreditava que a Índia deveria transformar-se em duas nações. O país sofreu uma divisão e foi formado o estado islâmico do Paquistão. Mas a repartição da Índia causou grande violência: aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas, e mais de 11 milhões de hindus e muçulmanos tornaram-se refugiados, tentando imigrar de um país para outro. Apesar de todo o derramamento de sangue e sofrimento, a criação do Paquistão não resolveu os conflitos religiosos no território indiano. Quase 50% dos muçulmanos que viviam na Índia permaneceram lá e não imigraram ao recém-estabelecido país islâmico. Este grupo representa a maior minoria religiosa na Índia - 12% da população do país.

O Paquistão, formado em 1947 como uma nação para muçulmanos, já fez parte da Índia. Porém muitos muçulmanos continuam vivendo na Índia, constituindo aproximadamente 12% da população do país.

Os hindus, ainda que compartilhando uma religião em comum, estão divididos em diversas seitas e são segmentados socialmente por milhares de castas. As diversas regiões geográficas da Índia são linguística e culturalmente distintas. Mais de doze línguas são faladas no país. Reconhecendo a existência de tamanha diversidade, os criadores da Constituição indiana buscaram reconhecer o pluralismo da nação garantindo direitos fundamentais, particularmente para a proteção de minorias. A Constituição garante liberdade religiosa e cultural, e permite o estabelecimento de instituições educacionais religiosas que não sejam hinduístas.

Em março de 1971, o Paquistão Oriental declarou a sua independência do Paquistão Ocidental. O país adotou o nome de Bangladesh, que significa "nação Bengali". O exército paquistanês ocidental invadiu a região, mas a Índia ofereceu ajuda ao recém-formado país que conseguiu resistir à invasão paquistanesa.

A Índia atual é definida por suas diversas identidades religiosas e por seus conflitos resultantes. O trauma da divisão (com a criação do estado do Paquistão) ainda é visível no país, e centenas de incidentes de violência entre grupos religiosos são registradas todo ano. Em dezembro de 1992, fanáticos hindus destruíram a mesquita de Ayodhya, o que causou tumultos resultando na morte de 1.200 pessoas. De acordo com a tradição hindu, a cidade de Ayodhya é o local de nascimento de seu deus Ram. Devotos declaram que no século XVI, o imperador mogul Babur destruiu o templo e construiu em seu lugar a mesquita. A dinastia Mogul, fundada por Babur, foi uma linhagem de soberanos muçulmanos indianos que governou a Índia de 1526 a 1858.

É importante ressaltar que enquanto o hinduísmo é uma religião politeísta - que acredita em muitos deuses - o islã é puramente monoteísta. A destruição da mesquita e a construção de um templo para um deus hindu é um ato de idolatria e, portanto, uma severa provocação contra muçulmanos. Outros incidentes violentos atormentaram o país desde então. Em janeiro de 1993, ataques contra muçulmanos ocorreram em Bombaim (Mumbai), deixando mais de 600 mortos.

A Índia, maior democracia do mundo, é um estado oficialmente secular (laico), mas composto por pessoas de diferentes e fortes crenças religiosas. O desafio do governo não é apenas de conter a expansão da violência entre grupos religiosos no país, mas também de promover justiça, igualdade, e uma democracia legítima para todos os integrantes de sua sociedade pluralista.

Explicação:


batatinha1102: Esses são os conflitos?
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