cite dois acontecimentos no governo de Fernando collor
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Resposta:
Collor tomou posse em 15 de março de 1990. No dia seguinte, implementou o chamado Plano Collor, um programa econômico que tinha por objetivo principal reverter o cenário de inflação, que chagava até 80% ao mês desde o governo de José Sarney, Collor acreditavam que seria possível estabilizar o valor da moeda e combater a inflação.
Porém, não houve a recuperação econômica prevista, e o governo precisou tomar outras medidas, como o congelamento de preços e salários e elevação da carga tributária, mas isso também não surtiu o efeito esperado. Ao primeiro Plano Collor, nos anos seguintes, seguiram o “Plano Collor II” e o Plano Marcílio.
Plano Collor
Imediatamente após a posse, Collor pôs em prática o “Plano de Reconstrução Nacional” (dividido em planos Collor I e II). O plano consistia em confiscar as poupanças com o objetivo de conter a inflação no país e fortalecer a nova moeda, o cruzeiro novo.
O primeiro pacote econômico desse governo, o Plano Collor, propôs:
• Congelamento de preços e aumento das taxas de juros;
• Cortes de despesas públicas, elevação de impostos e demissão de funcionários públicos;
• Privatizações de empresas estatais, como, por exemplo, as Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais;
• Facilitou a entrada de mercadorias estrangeiras, com a redução de impostos sobre mercadorias importadas;
• Bloqueio da retirada de depósitos bancários superiores ao valor de 50 mil cruzados novos.
Estas medidas geraram enorme descontentamento da população. Da noite para o dia, tanto as pessoas físicas quanto jurídicas possuíam somente uma pequena quantidade de dinheiro disponível nas contas bancárias. O governo só permitia o saque de apenas 50 mil cruzeiros (cerca de R$ 6 mil).
As medida econômicas de Collor acarretaram a maior recessão econômica da história do Brasil. A inflação disparava, muitas empresas faliram e o desemprego aumentou.
Esquema de corrupção
No dia 13 de maio de 1992, o irmão do presidente Collor, Pedro Collor de Mello, concedeu uma entrevista à revista Veja! na qual comentava uma série de questões envolvendo o irmão. Entre essas questões, estava o esquema de corrução montado pelo coordenador da campanha presidencial de Color, Paulo César Farias, conhecido com PC Farias.
As denúncias de Pedro Collor resultaram em abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o envolvimento do presidente no caso. Ao mesmo tempo, PC Farias seguia sendo investigado pela justiça comum.
Impeachment
Mediante os gritos “Fora Collor”, milhares de pessoas foram às ruas e pintaram os rostos com o verde e amarelo, exigindo o impeachment do presidente. Esse movimento ficou conhecido como Caras Pintadas.
Diante do movimento nas ruas e o crescente isolamento político do presidente, a Câmara aprovou a abertura de processo de Impeachment de Collor, em 29 de setembro de 1992 com apuração de 441 votos contra 38, foi aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de investigar as ações do presidente Collor, em 25 de junho de 1992.
O processo foi admitido na Câmara dos Deputados e encaminhado ao Senado. Em exatos três meses, no dia 29 de dezembro de 1992, ocorreu a julgamento do Impeachment no Senado.
A CPI revelou o envolvimento de Collor e de sua família no chamado “Esquema PC Faria”, onde grande quantidade de dinheiro público foi desviada envolvendo diversas formas de corrupção.
Renúncia e inelegibilidade
Collor, em um último gesto, decidiu escrever uma carta de renúncia e apresentá-la ao Senado a fim de preservar-se da perda dos direitos políticos, que viria com a conclusão do processo de Impeachment. Para tanto, entregou a seu advogado José de Moura Rocha, minutos antes da votação, a carta, que deveria ser lida no plenário do Senado.
Entretanto, mesmo efetuada a renúncia, o Senado continuou a sessão e Collor foi destituído do cargo com o voto de 76 senadores. Seu vice, Itamar Franco, assumiu o posto, e Collor ficou oito anos sem poder se candidatar a nenhum cargo político.
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