História, perguntado por ElvisdeSantana925, 1 ano atrás

cite as consequencias do desenvolvimento dos feudos para as cidades

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Respondido por maximiano51
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O sistema feudal começou a desmoronar a partir do século XI, dando origem ao capitalismo ou sistema capitalista de produção. 

A desagregação do feudalismo e as origens do capitalismo decorreram de um conjunto de fatores, tais como: 

1. crescimento populacional europeu; 

2. desenvolvimento das técnicas agrícolas de produção; 

3. renascimento comercial. 

Isso ocorreu de forma lenta e contínua, pois nenhum sistema é substituído por outro repentinamente. 

O crescimento do mercado consumidor exigiu o aumento da produtividade da terra e, para isso, foi necessário aumentar as áreas de produção e desenvolver as técnicas agrícolas. 

Com o tempo, a comercialização do excedente produzido nos feudos provocou profundas mudanças nas relações entre servos e senhores feudais. Muitos senhores, interessados nos lucros provenientes da comercialização do excedente produzido no feudo, aumentaram a exploração dos servos, provocando a fuga em massa desses para as cidades, em busca de liberdade e melhoria de vida. 

Como conseqüências dos fatos acima citados, ocorreram violentas revoltas camponesas, que pressionaram os senhores feudais a mudar o seu comportamento com relação aos servos. 

Dessa maneira, o servo foi o principal agente de transformação das relações de produção servil. Todo esse processo de mudanças acentuou-se com o renascimento comercial que, por sua vez, acelerou-se com as cruzadas. 

As cruzadas tiveram um papel importante na crise do feudalismo e nas origens do capitalismo, na medida em que foram responsáveis pela reabertura do Mar Mediterrâneo ao comércio internacional e pelo conseqüente restabelecimento das relações mercantis da Europa com a África e a Ásia. A partir do século XI, o povo turco passou a controlar o governo de Bagdá, avançou na direção dos domínios bizantinos e do Egito e, em 1071, conquistou Jerusalém. Foi diante dessa expansão que o imperador Aleixo I pediu ajuda à Igreja Católica. 

Atendendo aos insistentes apelos do imperador bizantino e interessado em unificar as igrejas Católica e Ortodoxa, o Papa Urbano II, no Concílio de Clermont, na França, convocou a Primeira Cruzada para libertar a “Terra Santa”. 

Com o desenvolvimento das relações mercantis, o comércio do sul da Europa passou a ser monopolizado pelas cidades italianas, principalmente Gênova e Veneza, as mais importantes distribuidoras das especiarias orientais. 

Para maior intercâmbio entre os principais centros de comércio, foram criadas rotas comerciais, como as seguintes: 

1 Rota do Mediterrâneo – Ligava as cidades italianas a Constantinopla e a outros pontos do litoral oriental do Mediterrâneo. 

2. Rota de Champagne – Ligava a Itália a Flandres, passando por Champagne, na França. 

3. Rota do Mediterrâneo-Atlântico Norte – Ligava o Mediterrâneo a centros comerciais do Atlântico Norte, como Inglaterra, França e outros. 

O renascimento comercial foi acompanhado pelo desenvolvimento urbano. Como conseqüência disso, surgiu, na Europa medieval, uma nova classe social, a burguesia. 

Os burgueses ligados às atividades comerciais criaram as guildas, associações de mercadores, para defender seus interesses mercantis e estender seu comércio a outras regiões. 

A Guerra dos Cem Anos 

O longo período de luta entre a França e a Inglaterra, que foi de 1337 a 1453, é conhecido como a Guerra dos Cem Anos. 

Os principais fatores que desencadearam essa guerra foram: 

1 A disputa pela posse de Flandres (atuais Bélgica e Países Baixos), rica região produtora de tecidos. 

2. As pretensões de Eduardo III, rei da Inglaterra, ao trono francês. 

Até 1380, os ingleses conseguiram uma série de vitórias, conquistando uma parte do território francês. Mas o rumo da guerra mudou com o aparecimento da jovem Joana D’Arc, cuja coragem despertou o patrimônio francês. 

O exército francês reanimou-se, libertou Orleans e conquistou muitas vitórias até que, em 1453, os ingleses foram definitivamente expulsos da França.
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