Cite alguns dos recursos naturais que são explorados na Amazônia.
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Resposta:
ferro, alumínio, diamante, prata, platina e etc...
Nas últimas três décadas, esses processos adquiriram proporções alarmantes, incrementados pela miséria que assola grande parte da população brasileira e estimulados pelos mais diversos interesses, que vêem na Amazônia a possibilidade de rápida capitalização a partir da posse da terra ou da exploração dos recursos naturais, particularmente madeira e ouro, a custo relativamente baixo.
Em decorrência, sua população cresceu mais de cinco vezes, atingindo cerca de 19 milhões de habitantes. Tudo isso aconteceu sem que houvesse um "Projeto para a Amazônia", que a partir do adequado zoneamento ecológico, através de estudos que identificassem as reais aptidões e limitações de cada área (e convenientemente monitorados), possibilitasse a orientação da ocupação humana com desenvolvimento sustentado. Houve políticas governamentais isoladas, algumas bem intencionadas, mas a maioria casuística e desastrada, que muitas vezes tiveram como resultado o caos ambiental e social.
Essa ocupação intempestiva e desorganizada não transcorreu impunemente, surgindo graves conflitos pela posse da terra e de suas riquezas, com prejuízos muitas vezes irrecuperáveis para as populações indígenas e o ecossistema. Legiões de deserdados passaram a ocupar seus territórios, convivendo com a fome, doenças (principalmente a malária), promiscuidade, vícios e violência.
O processo de ocupação da Amazônia tem acompanhado a tendência da economia brasileira, sendo essencialmente concentrador de renda. Alguns poucos têm feito fortuna com a exploração de suas riquezas, mas a maioria dos migrantes tem permanecido como marginalizados sociais.
Sua rede rodoviária, praticamente inexistente há trinta anos, hoje — embora mantida em condições precárias — é superior a 60 mil quilômetros. Tem sido o principal agente facilitador da ocupação do solo, com suas trágicas e irresponsáveis queimadas, que destruíram, no período, mais de 500 mil quilômetros quadrados da floresta tropical.
Os partidários do desenvolvimento a qualquer preço lembram que os acertos e desacertos da ocupação também ocorreram na expansão de fronteiras em outras regiões da Terra. Contudo, se esquecem do cenário e do momento histórico dos processos, com diferenças substanciais nos instrumentos que o homem tem a sua disposição. As trilhas foram substituídas por rodovias, o machado pela moto-serra, as canoas por aviões e helicópteros, o telégrafo pela comunicação via satélite, a informação pessoal por dados de sensores rastreadores espaciais, a interpretação individual pelo tratamento com softwares especializados, etc. Tudo isso faz com que as mudanças ocorram em grande velocidade, sem o tempo devido para a correta avaliação das conseqüências sobre um ecossistema essencialmente frágil.
Sem uma política adequada e coerente, o que poderia ser agente de um desenvolvimento harmônico e integrado transforma-se em arma de cobiça e destruição.
Assim, deve-se analisar a questão mineral na Amazônia como parte desse contexto, ou seja, a mineração é um dos agentes de ocupação, por ser a região parte de um país periférico da economia mundial, e uma das últimas fronteiras para a expansão da exploração mineral.
Essas premissas devem ser analisadas considerando-se as mudanças havidas nos cenários político e econômico do mundo, principalmente nos últimos 15 anos.
Até o início da década de 1960, o conhecimento do subsolo da Amazônia estava restrito aos relatórios de viagem de poucos pesquisadores, normalmente limitados à calha dos grandes rios. A atividade mineral resumia-se apenas a um grande empreendimento — produção de minério de manganês pela ICOMI no Amapá — e a poucos garimpos de diamante, ouro ou cassiterita.
A partir dessa década, em decorrência de uma política governamental voltada para a integração da Amazônia, apoiada pelos incentivos fiscais, e da melhoria dos meios de comunicação e transporte, tem início a entrada de capitais destinados a sua ocupação, com conseqüente atração dos fluxos migratórios.
O mundo vivia o clima de pós-guerra, com exacerbação da guerra fria, num cenário em que os recursos minerais, além do valor comercial, ainda tinham um componente estratégico bastante valorizado. Por outro lado, dada a euforia daqueles anos dourados, sonhava-se com o crescimento ilimitado da economia mundial, com considerável expansão