cite 3 navegadores de expansão maritima da inglaterra
Soluções para a tarefa
Portugal, o primeiro nas Grandes Navegações
Vários motivos contribuíram para Portugal se tornar pioneiro* nas Grandes Navegações:
a) Portugal foi o primeiro país a possuir uma monarquia centralizada, um rei com controle sobre todo o território nacional (lembrar da Formação da Monarquia portuguesa);
b) havia tempo os portugueses praticavam a pesca e a venda de sardinha, bacalhau e atum, o que estimulou o surgimento de uma burguesia próspera nas cidades litorâneas portuguesas, como Porto, Setúbal e Lisboa;
c) o desenvolvimento de técnicas e de conhecimentos necessários à navegação, como o aperfeiçoamento de mapas e portulanos*, da bússola e a invenção da caravela.
Caravela portuguesa
Navegando com os portugueses
Os portugueses acreditavam que chegariam ao Oriente contornando a África, mas, inicialmente, esperavam obter lucros conquistando Ceuta, importante ponto de comércio entre árabes e italianos, situado no norte da África. Porém, a conquista de Ceuta, em 1415, não trouxe os lucros esperados, pois os árabes desviaram suas caravanas para outros pontos da África.
Diante disso, os portugueses decidiram planejar o passo seguinte com mais cuidado. Por isso, D. Henrique, filho do rei de Portugal, D. João I, estimulou a criação de um centro de estudos náuticos conhecido como Escola de Sagres; ali se reuniam cartógrafos, geógrafos, astrônomos, matemáticos, construtores e tradutores empenhados em melhorar a navegabilidade e a segurança em alto-mar.
Com o apoio de estudiosos e capitães experientes, os portugueses iniciaram o périplo africano, isto é, o contorno da África por mar (Oceano Atlântico) para chegar ao Oriente.
Com a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498, os portugueses realizavam seu maior sonho: chegar ao Oriente contornando a África. Ao regressar a Lisboa, Vasco da Gama trouxe consigo uma fortuna em pimenta, canela e gengibre. A venda dessas especiarias possibilitou aos investidores um lucro extraordinário (alguns historiadores falam em 600%).
Aberto o caminho marítimo para o Oriente, partia de Lisboa todos os anos uma expedição que ia até a cidade de Goa, na Índia, trazer as cobiçadas especiarias. Em poucos anos, o negócio das especiarias, com destaque para a pimenta, tornou-se a principal fonte de renda do governo de Portugal.
A concorrência espanhola
Os reis espanhóis Fernando e Isabel também se aplicavam na busca de um novo caminho marítimo para o Oriente. Em 1492, eles aprovaram o audacioso plano do navegador genovês Cristóvão Colombo. O plano de Colombo consistia em buscar o Oriente navegando em direção ao Ocidente, isto é, dando a volta em torno da Terra. Colombo acreditava que a Terra era redonda. Além disso, julgava que ela fosse menor do que realmente é. O que ele não sabia, porém, é que no meio do caminho havia outro continente.
Colombo saiu do porto de Palos com três caravelas – Santa Maria, Pinta e Niña – e, depois de velejar cerca de dois meses, embalado por fortes ventos favoráveis, teve uma grata surpresa: encontrou um continente “novo” para os europeus, a América. Era 12 de outubro de 1492. Mas, como pensou ter chegado às Índias, chamou de “índios” os povos que habitavam essas terras havia milhares de anos.
A notícia sobre as terras americanas quase causou uma guerra entre Espanha e Portugal, já que ambos queriam ter direitos sobre elas. Depois de discussões prolongadas, esses países chegaram a um acordo, assinando em 1494 oTratado de Tordesilhas. Esse tratado riscou no mapa uma linha imaginária a 370 léguas das Ilhas de Cabo Verde. As terras a oeste dela pertenceriam à Espanha; as localizadas a leste seriam de Portugal.
No entanto, França, Inglaterra e Holanda não aceitaram o Tratado de Tordesilhas e continuaram a enviar expedições para a América, África e Ásia. Portugal, por sua vez, prosseguiu avançando na construção do que se tornou um enorme império marítimo-comercial.
Tratado de Tordesilhas (1494)
O navegador genovês Cristóvão Colombo (1451-1506)
Cabral toma posse das terras brasileiras