História, perguntado por Cmjao, 1 ano atrás

Cite 3 maneiras com que podemos manifestar nossa cultura

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Respondido por HerbertBH301
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Literatura de Cordel

A Literatura de Cordel é assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos, dependurados em barbantes (cordão), nas feiras, mercados, praças e bancas de jornal, principalmente das cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades. A tradição dessas publicações populares, geralmente em versos, não existe apenas no Brasil. Na Espanha, por exemplo, é chamada de pliego de cordel e pliegos sueltos (folhas soltas). Essa manifestação popular chegou ao Brasil no balaio dos colonizadores portugueses, instalando-se primeiramente na Bahia, mais precisamente em Salvador – então capital brasileira. Dali, se irradiou para os demais estados do Nordeste. Por volta de 1750, apareceram os primeiros poetas da literatura de cordel oral. O poeta popular é considerado um representante do povo, o repórter dos acontecimentos da vida no nordeste brasileiro. A Literatura de Cordel pode narrar desde histórias de amor aos feitos do cangaceiro Lampião, importantes acontecimentos de interesse público.

Frevo

É uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, densamente enraizada em Recife e Olinda, no Estado de Pernambuco. Gênero musical urbano, o Frevo surge no final do século XIX, no carnaval, em um momento de transição e efervescência social, como uma forma de expressão das classes populares na configuração dos espaços públicos e das relações sociais nessas cidades. As bandas militares e suas rivalidades, os escravos recém-libertos, os capoeiras, a nova classe operária e os novos espaços urbanos foram elementos definidores da configuração do Frevo. Do repertório eclético das bandas de música, composto por variados estilos musicais, resultaram suas três modalidades: Frevo-de-rua, Frevo-de-bloco e Frevo-canção. Simultaneamente à música, foi-se inventando o passo: a dança frenética característica do Frevo. Improvisada na rua, liberta e vigorosa, a dança de jogo de braços e de pernas é atribuída à ginga dos capoeiristas, que assumiam a defesa de bandas e blocos, ao mesmo tempo em que criavam a coreografia. Constitui símbolo de resistência da cultura pernambucana e expressão significativa da diversidade cultural brasileira.

Bumba-meu-boi

Muitas vezes definido como um folguedo popular, o Bumba-meu-boi extrapola o aspecto lúdico da brincadeira para fazer sentido como uma grande celebração que gravita em torno do boi, o seu ciclo vital e o universo místico-religioso. As apresentações dos Bois ocorrem em todo o estado do Maranhão e concentram-se durante os festejos juninos. Enraizado no cristianismo e, em especial, no catolicismo, o Bumba-meu-boi envolve a devoção aos santos juninos São João, São Pedro e São Marçal. Observa-se, no entanto, o sincretismo entre os santos juninos e os orixás, voduns e encantados que requisitam um boi como obrigação espiritual. No Maranhão, a manifestação comporta diversos estilos de brincar, chamados de sotaques: Baixada, Matraca, Zabumba, Costa-de-mão e Orquestra. Apesar de ter o boi como elemento central, o Bumba-meu-boi reúne diversas outras manifestações culturais, articulando várias formas de expressão e saberes – como as músicas, as danças, as performances dramáticas, os personagens e os artesanatos.

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