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Resposta:Rochas encontradas em Mato Grosso, Goiás e São Paulo guardam registros de terremoto e tsunami causados por meteorito há cerca de 250 milhões de anos
Ricardo Zorzetto
Edição 266
abr. 2018
GeografiaGeologiaPaleontologia
Entre 2012 e 2015, o geólogo norte-americano Eric Tohver rodou milhares de quilômetros por São Paulo, Goiás e Mato Grosso. Então pesquisador da Universidade da Austrália Ocidental, ele visitou pedreiras e paredões rochosos às margens de estradas brasileiras à procura de formações rochosas de 250 milhões de anos atrás. Tohver suspeitava ser possível encontrar estruturas que testemunhassem o poder destrutivo do impacto do meteorito que abriu a maior cratera da América do Sul.
Há pouco mais de 250 milhões de anos, um corpo celeste com estimados 4 quilômetros (km) de diâmetro, que possivelmente se deslocava a 17 quilômetros por segundo, caiu onde hoje é o coração do Brasil e deixou uma cratera de 40 km de diâmetro na qual estão localizados os municípios de Araguainha e Ponte Branca, em Mato Grosso. Anos atrás, Tohver e pesquisadores do Brasil, do Reino Unido e da Austrália haviam estimado que esse impacto altamente destrutivo – que liberou uma quantidade de energia milhões de vezes maior que a das bombas atômicas lançadas sobre o Japão no fim da Segunda Guerra Mundial – tenha aniquilado instantaneamente o que havia em um raio de até 250 km. A força do choque também teria lançado para a atmosfera uma imensa quantidade de poeira e vapor-d’água, além de 1.600 gigatoneladas de metano, um gás de efeito estufa que pode ter contribuído para o aumento das temperaturas, então mais elevadas, e a morte em massa que marcou a maior das extinções registradas no planeta (ver Pesquisa FAPESP nº 211).
Em um artigo publicado em janeiro deste ano na revista Geological Society of America Bulletin, o geólogo norte-americano e seus colaboradores apresentam cicatrizes dessa destruição encontradas a quase 1.000 km de distância da cratera. “Nos trabalhos anteriores, já supúnhamos que os danos pudessem ter chegado tão longe”, conta Tohver, professor visitante do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). “Agora, temos evidências de que ocorreram de fato.”
No ponto de colisão, o bólido escavou um buraco de 2 km de profundidade e fez emergir um grande corpo de granito que forma parte da serra da Arnica, no centro da cratera (ver Pesquisa FAPESP nº 140). Nos instantes seguintes ao impacto, um megaterremoto com magnitude de até 10,5 graus na escala Richter, dezenas de vezes mais elevada que a dos sismos mais arrasadores do planeta, teria feito o chão tremer a até milhares de quilômetros de distância.
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