Cinco minutos (Capítulo 5)
Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão triste
de suas palavras. Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e
melancólico:
- Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?
- Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é cruel,
não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte, apesar
do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um estranho
por entre os prazeres que o cercam.
- Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada!
- E me pedias que te esquecesse!...
- Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...
- Não me fugirás mais?
- Não. [...]
(ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.)
Nesse texto, a linguagem usada é:
A) coloquial.
B) regional
C) popular.
D) culta
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Resposta:
coloquial
Explicação:
eu fiz isso na prova do caed
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